FORTALEZA, RECIFE - A reunião de ontem da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Fortaleza, com a presidente Dilma Rousseff e governadores da região, evidenciou a divisão que o PSB enfrenta desde que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se tornou provável candidato à Presidência da República.
Enquanto Campos adotou tom de cobrança em relação a Dilma, seu colega e correligionário do Ceará, Cid Gomes, se pautou pelos elogios.
Cid e seu irmão Ciro Gomes defendem o apoio do partido à reeleição de Dilma, já lançada pré-candidata pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governador do Ceará disse ontem, durante solenidade, que nunca havia visto nenhum presidente "que tenha tratado com tanta atenção e solidariedade as demandas de governadores, prefeitos e deputados que sentem o drama da seca".
A presidente retribuiu o afago, enviando "cumprimento especial" ao governador cearense, "parceiro" do governo federal.
Campos, por sua vez, divulgou nota informando que cobrou da presidente a isenção de tributos federais para companhias estaduais de água.
Comparação
"Seu governo anunciou desonerações da ordem de R$ 14 bilhões em favor das empresas distribuidoras de energia elétrica. Agora, é chegada a hora de conceder benefício semelhante às nossas companhias de água", disse o governador socialista.
Segundo Campos, a desoneração traria economia de R$ 60 milhões por ano à empresa de água de seu Estado.
Gomes afirmou que, de acordo com a presidente, a isenção dos tributos PIS e Cofins dessas empresas deveria ser tratada em "um segundo momento".
A assessoria de Campos informou que a presidente da República se comprometeu a estudar a medida.
Fonte: Folha de S. Paulo
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