Alckmin vai anunciar pacote de R$ 33 milhões a cidades com IDH mais baixo do estado
Pedro Venceslau
A antecipação do processo eleitoral de 2014 transformou o 57˚ Congresso Estadual dos Municípios de São Paulo, que começou ontem, em Santos, no litoral do estado, na coqueluche da agenda dos pré-presidenciáveis e do governo federal. O evento vai até sábado (6). Na abertura da edição anterior, que ocorreu em São Vicente, em 2011, a principal autoridade presente foi a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistela, que representou Geraldo Alckmin.
Nenhum representante do governo federal estava presente. Já em 2009, os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) marcaram presença. A abertura da edição desse ano contou, entre outros, com a poderosa ministra Idelli Salvatti, das Relações Institucionais, o presidente da Assembleia Legislativa, Samuel Pereira e o vice-governador de São Paulo e futuro ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff não vai comparecer, mas escalou, além de Ideli, as ministras Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social, Miriam Belchior, do Planejamento, Alexandre Padilha, da Saúde, e Alozio Mercadante, da Educação, para representá- la. Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) falarão no mesmo dia, sexta-feira (5).
A expectativa é que a juventude do PSB e militantes do PSDB aproveitem a ocasião para entoar gritos de guerra com o nome da dupla. Reservadamente, dirigentes tucanos e integrantes do primeiro escalão do governo paulista reconhecem que o evento costuma ser esvaziado, mas ganhou relevância por causa da disputa. “A Associação Paulista dos Municípios não é hoje uma entidade poderosa. Recentemente, nós (governo) fizemos um evento com 603 prefeitos do estado e 4 mil pessoas”, confidencia um auxiliar próximo do governador. Mas para ficar bem na foto e se blindar do assédio adversário em sua base, Geraldo Alckmin, que disputará a reeleição no ano que vem, aproveitará a ocasião para anunciar um pacote de investimentos de R$ 33 milhões nas cidades com IDH mais baixo do estado.
Os diretórios municipais do PSDB estão se mobilizando para transformar o evento em um “caldeirão tucano”. Pudera. Reduto impenetrável do PSDB há 16 anos, o estado será o alvo principal do PT nas eleições do ano que vem. “O PT não tem muita influência no interior de São Paulo. Os programas do estado têm um impacto muito maior que os federais nas cidades”, diz Edson Aparecido, secretário da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. Dos 645 municípios paulistas, os partidos da base de Alckmin comandam 400 — sendo 180 do PSDB.
Fonte Brasil Econômico
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