Governador de PE afirma que ele e Marina precisam "estar vacinados" para responder a críticas sobre aliança entre PSB e Rede
Ao deixar reunião de quase duas horas com a ex-ministra Marina Silva e alguns integrantes da Rede, em Brasília, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou ontem que não fará do debate eleitoral "um ringue". "Se depender de nós, não faremos do debate sobre o Brasil um ringue, não é o meu jeito, nem o jeito da Marina fazer política", disse o governador ao ser indagado sobre as críticas dos adversários à parceria - após não obter registro da Justiça Eleitoral por falta de assinaturas de apoio, os criadores da Rede aderiram ao PSB.
De acor4o com relato do senador do PSB Rodrigo Rollemberg, que estava presente ao encontro, Campos disse que PSB e Rede devem evitar "as cascas de banana". Ele se referia a tentativas dos adversários de colocar Campos e Marina um contra o outro em uma disputa de quem seria o candidato à Presidência no ano que vem. "Temos que estar vacinados em relação a isso", disse Rollemberg.
No dia 5 de outubro, quando Marina assinou sua filiação ao PSB, seus apoiadores disseram que ela poderia Service de Campos em 2014. Ela mesma afirmou, em entrevista, que sua intenção era "adensar" uma candidatura "já posta", ou seja, a candidatura do governador. Depois, porém, Marina deu entrevistas dizendo que ela poderia, sim, ser a cabeça da chapa.
Outra reunião. Campos também aproveitou sua passagem por Brasília para uma reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a fim de evitar que o País seja denunciado a instituições internacionais por calote. O objetivo foi solucionar uma disputa entre governo
estadual e União sobre o pagamento de uma dívida de R$ 150 milhões à empresa holandesa que toca a dragagem do Porto de Suape, em Pernambuco.
Na briga, revelada pelo Estado no domingo, as duas partes trocavam acusações de calote, mas agora tentam apaziguar os ânimos. Na saída do encontro, Campos afirmou que tanto o governo estadual quanto o federal terão de desembolsar verba para a conclusão das obras. Afirmou também que a dragagem deve ser retomada logo.
"Até a semana que vem esperamos já ter uma solução para continuar os trabalhos", disse.
Por causa do jogo de empurra-empurra entre Campos e a presidente Dilma Rousseff, a obra foi interrompida em maio, por tempo indeterminado, e o governo da Holanda ameaçou acionar o Brasil no Clube de Paris por não pagamento, o que arranharia a imagem do País no exterior.
Iniciada em 2011, a dragagem já recebeu R$ 185 milhões, mas, por ora, a principal parte dos serviços não foi feita. O projeto, que já deveria ter sido concluído, é fundamental para que navios aportem próximo à futura Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobrás.
Jeito
"Se depender de nós, não faremos do debate sobre o Brasil um ringue, não é o meu jeito, nem o jeito da Marina fazer política" Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco
Fonte: O Estado de S. Paulo
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