“Por fim, não convence a proposta de limitar à fase de formação dos Estados europeus a concepção histórico-política dos partidos, isto é, aquela que os define segundo a função nacional das classes e dos grupos sociais a que se referem. Creio que este elemento originário da constituição dos partidos tenha continuado a operar ao longo de toda a sua evolução. Creio que seja o fundamento da constituição dos sujeitos políticos e esteja presente em todas as suas vicissitudes. Seguindo a lição de Gramsci, penso que, em cada uma das “etapas” por eles atravessadas, determinadas combinações das condições nacionais e internacionais do desenvolvimento (determinados modos de interpretar a colocação e as perspectivas do próprio país na comunidade internacional) constituíram o quadro de referência no qual os partidos inscreveram – explicita ou implicitamente – o conjunto dos interesses e dos valores que se propunham representar. Penso, por fim, que se decidiram neste terreno os conflitos e os desafios entre as partes em campo – segundo a desejabilidade desta ou daquela “combinação” – através da conquista do consenso.”
Giuseppe Vacca, “Por um novo reformismo”, p.p. 94-95. Fundação Astrojildo Pereira / Contraponto, 2009.
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