- Correio Braziliense
São Paulo, palco da discórdia
Pelo andar da carruagem, Eduardo Campos e sua vice, Marina Silva, vão divergir muito até acertar o palanque ao governo do Estado de São Paulo. Marina disse à coluna que o partido terá candidatura própria. Enquanto isso, Eduardo, em conversa com o PPS, levantou a hipótese de não lançar candidatos simbólicos em locais de indefinição, e citou São Paulo. "Lá não está nada fechado", diz ele, sem trancar a porta a uma composição com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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O PPS é importante para Eduardo, portanto, o mais provável é que, para não perder o partido de Roberto Freire, Eduardo termine na chapa de Alckmin. O problema, entretanto, é deixar de divulgar o 40, número do socialista, e ficar no ar apenas o 45, número do PSDB de Geraldo e Aécio Neves.
Enquanto isso, em Minas Gerais...
O PSB prepara a pré-candidatura do deputado Júlio Delgado ao governo do estado. Se vingar, o candidato a deputado no lugar dele será Tarcísio Delgado, ex-prefeito de Juiz de Fora e ex-deputado.
Em Pernambuco...
Daniel Coelho se aquece para entrar na campanha como candidato a governador do estado pelo PSDB. Os socialistas não reclamam. Há quem aposte que o tucano tirará votos de Armando Monteiro Neto, do PTB, apoiado pelo PT, e não de Paulo Câmara, do PSB.
Sinais
O ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) pediu e ganhou o cargo de relator do projeto de federalização dos servidores do Amapá. A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e ontem passou no plenário da Casa. Quem o conhece, não duvida mais: Sarney será candidato à reeleição.
Juniores versus seniores
Horas antes da reunião da Executiva do PMDB que pretendia marcar uma mudança dos ventos na chapa Dilma-Michel, o vice-presidente da República, Michel Temer, recebeu um documento por escrito com o apoio de Minas Gerais e de São Paulo à manutenção da aliança com a presidente. No encontro da Executiva à tarde, Jader Barbalho e Renan Calheiros foram incisivos na defesa da aliança com Dilma, enquanto os jovens tocavam fogo contra.
É pegar ou largar
Àqueles que o procuram para saber da CPI Mista da Petrobras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dito que, quem estiver com pressa que deflagre as investigações via CPI do Senado, a mista só sai a 14 dias da Copa.
Partido ao meio/ Tudo no PMDB é meio invertido. Geralmente, as pessoas correm para apagar incêndios. Ali, não. "Falamos depois, tenho que ir ali botar fogo numa rebelião", diz o deputado Lúcio Vieira Lima.
Juntinhos/ A Confederação Nacional dos Municípios não esperava a presença de Marina Silva na Marcha dos Prefeitos. Tanto é que, na última hora, a produção teve de entrar correndo no palco com uma cadeira extra. A ordem era deixar o espaço reservado apenas ao candidato e ao comandante da Marcha, Paulo Ziulkowski.
Vibraram/ Os socialistas perceberam que ontem foi a primeira vez que Eduardo discursou ao lado de Marina Silva de forma mais solta, sem olhar para ela como quem pede aprovação ao que está dizendo.
Se colar.../ A ONG Adote um Distrital promete colocar seus simpatizantes às ruas para cobrar que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes leve ao plenário a ação da OAB que pretende extinguir os financiamentos das empresas às campanhas políticas. O comandante da ONG, Diego Ramalho, anunciou a mobilização ontem no debate "As eleições que nós queremos".
Ops! Ministro trocado!/ O ministro que compareceu à posse da diretoria da Antaq e, ao sair, pediu a todos que tivessem juízo foi o dos Portos, Antônio Silveira, e não o dos Transportes, César Borges. São tantos ministros que, às vezes, até a gente troca.
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