quinta-feira, 15 de maio de 2014

'Vamos parar com terrorismo', afirma Campos sobre tática do PT

Aguirre Talento – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), fez críticas nesta quarta-feira (14) à estratégia do "medo" usada na propaganda do PT para alavancar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Bolsa Família não é conquista de partido nenhum, é conquista do povo brasileiro que ninguém vai tirar. Vamos parar com esse terrorismo, com essa falta de respeito de querer discutir o Brasil agora na base da ameaça e do medo", disse, em discurso a prefeitos durante evento da Marcha dos Prefeitos, em Brasília.

"O povo brasileiro não tem medo dessas ameaças, ou não tinha tirado os generais do poder, não tinha eleito um filho do povo brasileiro que foi tão vítima do terrorismo como agora vem sendo usado", discursou Campos.

A fala de Campos é uma resposta à iniciativa do PT de veicular um comercial, dirigido por João Santana, que ressalta o risco de uma eventual vitória da oposição na eleição de outubro pôr em risco as conquistas da gestão Dilma Rousseff e da do seu antecessor, o ex-presidente Lula. "Nosso emprego de hoje não pode voltar a ser o desemprego de ontem. Não podemos dar ouvidos a falsas promessas. O Brasil não quer voltar atrás", diz um locutor no comercial.

Após ouvir cobranças dos prefeitos sobre dificuldades nos Orçamentos municipais, o ex-governador de Pernambuco prometeu que não vai desonerar tributos "à custa da receita dos municípios" e que vai assumir maior fatia de gastos dos programas federais nas cidades.

"Quero assumir o compromisso com os prefeitos de que no nosso governo não vamos mais fazer desoneração à custa da receita dos municípios brasileiros, dos pobres Estados brasileiros. No primeiro momento desonerar tributos dava um ganho lá na frente, a economia melhorava e o crescimento repunha aquela perda. Nos últimos anos, o caminho errado na condução macroeconômica fez com que a gente renunciasse a tributos e a economia não respondesse com crescimento, portanto não houvesse recomposição da receita", afirmou o presidenciável.

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