• Ao lado de Marina Silva, o pré-candidato do PSB à Presidência participou de evento em Brasília
Daiene Cardoso - Agência Estado
BRASÍLIA - O presidente do PSB e pré-candidato do partido à presidência da República, Eduardo Campos, condenou nesta manhã "o terrorismo eleitoral" da campanha petista. Durante participação na 17ª Marcha dos Prefeitos em Brasília, acompanhado de sua vice de chapa, Marina Silva, Campos fez um discurso palatável aos municipalistas e disse que, se eleito, não fará política de desoneração "com chapéu alheio".
Durante o evento, o pré-candidato voltou a condenar o discurso da campanha do PT, que sugere o fim de programas sociais e de políticas bem sucedidas do governo federal no caso de uma derrota do atual governo. Na terça-feira, o PT veiculou em cadeia de rádio e TV uma propaganda em que alerta para os riscos de "voltar atrás" nas conquistas sociais.
Campos garantiu que não haverá encerramento de programas como o Bolsa Família e ressaltou que o aumento do desemprego como tem enfatizado a propaganda petista é uma realidade a partir da volta da inflação. "Ninguém vai tirar o Bolsa Família e o povo está disposto a fazer mudança", disse.
Com críticas aos recursos destinados ao pagamento de juros e a subsídios ao setor elétrico, Campos ainda prometeu elevar gradualmente os recursos para a saúde em 10%. O pré-candidato disse que é possível fazer isso num período de quatro anos.
Sobre o repasse de recursos ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Campos se aliou às críticas dos prefeitos à política de desonerações que atinge diretamente as verbas repassadas do governo federal aos gestores municipais. "Não podemos fazer (as desonerações) às custas da paralisação da máquina pública municipal", defendeu.
Tributos. O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), também participou da marcha.
Ele afirmou que, se eleito presidente, terá como prioridade nos primeiros seis meses de mandato o envio de um proposta ao Congresso Nacional para simplificar o sistema tributário do País.
No discurso proferido aos prefeitos, Aécio também criticou o que chamou de ineficiência do atual governo em administrar os recursos públicos. "É natural que o Brasil seja o país que menos vai crescer nessa última década em toda a América Latina? Será que é justo depois de 11 anos [do governo do PT] nos deixarem como legado crescimento pífio, inflação sem controle e uma perda de credibilidade crescente do Brasil?", disse.
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