• Em convenção do PSDB de Goiás, presidenciável troca afagos com o governador Marconi Perillo
Cristiane Jungblut – O Globo
GOIÂNIA - Ao participar da convenção do PSDB de Goiás, o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), disse que é preciso respeitar a decisão do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em relação à aliança em torno do candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), chegou a oferecer a Kassab a vaga da chapa ao Senado.
- Soube pelos jornais. É decisão dele, tem que ser respeitada. Sou amigo do Kassab - disse Aécio ao GLOBO.
Ele voltou a dizer que o problema de seu vice é o "excesso" e não a falta de nomes e informou que anunciará, na segunda-feira, o escolhido e que este “será alguém para complementar a chapa”.
Dentro do PSDB há uma preocupação em que o cargo de vice não seja ocupada pelo ex-senador José Serra. Os aliados de Aécio querem um nome que agregue mais ao partido e à campanha.
O presidenciável ainda fez críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff, afirmando que é preciso haver uma "mudança segura e verdadeira no país".
- Estamos nos preparando para vencer as eleições e dar ao Brasil um governo que possa unir decência e eficiência, duas coisas em falta hoje no governo federal.
Com a voz rouca, Aécio fez um rápido discurso na convenção, em apoio à reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB). O tucano lembrou que, há 60 anos, foi um mineiro a descobrir o Centro-Oeste, numa referência ao presidente Juscelino Kubitschek. Ele disse que agora chegou o momento de um mineiro fazer esta parceria entre Goiás e o governo central.
- Dentro de apenas três meses, Goiás e o Brasil vão comemorar juntos a vitória da ética, da eficiência e do trabalho. Na política, o que vem dando certo tem que continuar. Mas, na política, o que vem dando errado tem que mudar. Por isso, vamos restabelecer no Brasil a decência e a eficiência na vida pública - disse Aécio, com a voz sumindo em vários momentos.
Em seu discurso, Perillo apresentou Aécio como continuidade do espírito de JK e do avô do presidenciável, Tancredo Neves.
No telão, várias mensagens de tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de José Serra. Fernando Henrique lembrou sua ligação familiar com Goiás Velho e chegou a dizer que foi de um dos governos de Perillo que tirou a ideia dos programas sociais que deram origem ao Bolsa Família.
De camisa branca, que virou figurino de sua campanha, Aécio ainda ouviu a cantora Roberta Miranda cantar o Hino Nacional e a música "Vá com Deus". Depois dos discursos, o locutor encerrou assim: "vamos pôr fim em mais uma ditadura", referindo-se ao governo do PT.
Marconi Perillo tem uma aliança com 17 partidos, inclusive aliados de Dilma, como PP, PR e PROS. O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), discursou em favor do governador, ao lado de Aécio. No plano federal, o PTB está dividido.
O presidenciável tucano, que chegou à convenção às 9h30, em duas horas havia embarcado de volta para o Rio de Janeiro para assistir ao jogo da seleção.
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