domingo, 29 de junho de 2014

Painel - Bernardo Mello Franco (interino)

- Folha de S. Paulo

Agenda eleitoral
Candidato à reeleição, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), turbinou as viagens oficiais para se aproximar do eleitorado do interior. Nos últimos cem dias, ele marcou compromissos em 89 municípios. No mesmo período do ano passado, esteve em apenas 52 cidades. O aumento é de 71%. Há duas semanas, o tucano viajou 880 km só para inaugurar uma unidade de Poupatempo em um shopping de Barretos e voltar à capital. Sua campanha será lançada oficialmente hoje.

Maratona Em um mesmo sábado de março, Alckmin visitou sete cidades do interior. Em três delas, entregou apenas um ônibus escolar.

Saindo da toca Apenas 11% dos eventos oficiais nos últimos cem dias ocorreram no Palácio dos Bandeirantes. No mesmo período de 2013, 20% das solenidades aconteceram na sede do governo. Os dados são da agenda divulgada pela administração.

Consolação Despejado da direção do Procon para dar lugar a um afilhado de Celso Russomanno (PRB), Paulo Arthur Góes ganhará um novo cargo. Será assessor especial de Alckmin.

Mais um Aliados de Gilberto Kassab (PSD) ainda consideram possível arrastar o PV para o palanque do candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf.

Pelo braço O vice-presidente Michel Temer (PMDB) promete rodar o interior do Estado com Skaf. Quer acelerar o engajamento de prefeitos e evitar que eles sejam seduzidos pelo governador.

Rede furada O PSB mineiro sofre debandada de candidatos a deputado após o anúncio de que terá chapa própria ao governo. O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, é um dos que dizem ter desistido da disputa.

Na bronca Os deputados estaduais do PSB redigiram manifesto contra a decisão. Eles queriam apoiar o aecista Pimenta da Veiga (PSDB) e acusam a cúpula da legenda de se dobrar a Marina Silva.

O retorno Absolvido no julgamento do mensalão, o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) voltará a concorrer ao Senado. Em 2010, ele teve os votos anulados por ser considerado ficha-suja.

Dono da chave O bunker da campanha de Aécio Neves será comandado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). O imóvel fica na avenida Brasil, endereço nobre de SP.

Bolão petista Até o fim da semana, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) dizia apostar no ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como vice na chapa de Aécio.

Os trunfos Aliados do mineiro apontavam Aloysio como o vice ideal para a campanha, por puxar votos em SP. Tasso seria o vice ideal para o governo, por ter a confiança absoluta do candidato.

O jogador Nas últimas conversas antes do anúncio, o presidenciável fazia questão de manter o ar de suspense e de citar Ellen Gracie, a ex-ministra do STF, como outra boa opção para a chapa.

Mirando baixo A nova candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, escolheu seu primeiro alvo na campanha: o também nanico Pastor Everaldo (PSC), que tem 4% no Datafolha.

Guerra de anões A ex-deputada vai atacar as ideias do pastor contra o casamento gay e a liberação das drogas e do aborto. Quer gerar polêmica e aparecer na mídia.

Baixinho descalço Por exigência da lei eleitoral, a campanha das sandálias Havaianas com Romário saiu do ar anteontem, no meio da Copa do Mundo. Ele será candidato ao Senado pelo PSB-RJ.

Tiroteio
É interessante ver que na democracia defendida pelo governador de Minas dois diretórios estaduais valem mais do que 25.
DO DEPUTADO DUDU DA FONTE (PP-PE), em reposta a Alberto Pinto Coelho, que considerou antidemocrática a decisão do partido de apoiar Dilma Rousseff.

Contraponto
Eu também quero!

Em 1998, quando se candidatou ao governo paulista, Paulo Maluf prometeu dar carros populares a todos os jogadores da seleção se o Brasil vencesse a Copa.

-É uma tradição minha desde 1970 -gabou-se.

Após o tricampeonato no México, o então prefeito doou 25 Fuscas aos jogadores e a uma parte da comissão técnica. Tudo com dinheiro público, é claro.

-O Maluf foi pé-quente em 70, espero que também seja agora -animou-se o técnico Zagallo, acrescentando que o incentivo também deveria valer para ele.

Faltou um detalhe: o Brasil perdeu a final para a França.

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