• Pré-candidato ao Planalto não fez referência direta ao governador tucano, mas disse que legenda está unida para vencer as eleições no Estado e no Brasil
José Maria Tomazela e Isadora Peron - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Numa passagem relâmpago pela convenção estadual do PSB - que confirmou o apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin e garantiu a vaga da vice na chapa tucana - o pré-candidato ao Planalto, Eduardo Campos, disse nesta sexta-feira, (20), que partido está unido para oferecer ao Brasil uma alternativa de mudança. No discurso de nove minutos no evento, na Assembleia Legislativa de São Paulo, ele não citou o nome de Alckmin.
A pré-candidata a vice-presidente na chapa, a ex-ministra Marina Silva, não esteve no encontro, no qual Campos fez apenas referências indiretas ao palanque duplo com o PSDB. Ele disse que é hora de deixar diferenças de lado. "Se tivemos opções que não eram as mesmas, saímos desse congresso unidos para vencer as eleições em São Paulo e no Brasil", afirmou.
Lembrando que enfrentou lutas "duras como essa", quando governador de Pernambuco - na época era aliado do PT da presidente Dilma Rousseff -, Campos disse que está no caminho certo para oferecer "uma alternativa para o Brasil mudar, não para o passado, mas para o futuro." O pré-candidato voltou a criticar o governo federal que "não faz as escolhas que o povo precisa" e a falta de investimentos em segurança pública e educação para acabar diferença entre escola de pobre e de rico.
"O governo coloca na educação metade do dinheiro que as empresas de energia ganharam. Metade dos jovens brasileiros não está nem na escola, nem no trabalho, é a geração nem-nem."
Campos disse que é preciso mostrar ao povo que o jeito de que o Brasil precisa é "mudar a velha política e tirar de Brasília aquelas raposas que já tomaram do Brasil o que podiam tomar." "O povo já tomou uma decisão que é tirar o governo que aí está. Para fazer a mudança há um caminho novo, que pode unir o Brasil."
O governador Geraldo Alckmin não compareceu à convenção do PSB por estar em horário de expediente e ter viajado para o interior parar cumprir agenda de governo. Para representá-lo, Alckmin enviou ao evento o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, os deputados Duarte Nogueira e Silvio Torres, e também o assessor especial João Carlos Meirelles.
Edson Aparecido leu uma carta escrita pelo governador na qual Alckmin disse que o melhor caminho seria que o PSB indicasse a vice para a chapa tucana. Ainda segundo a carta de Alckmin, a aliança com o PSB era um antigo sonho do ex-governador Mário Covas.
No documento escrito pelo governador, ele saudou Marina e a prefeita Luiza Erundina (PSB) e também elogiou a parceria que manteve com Eduardo Campos quando ele foi governador de Pernambuco.
O presidente estadual do PSB em São Paulo, deputado Márcio França, afirmou que Campos e Alckmin farão campanhas lado a lado em São Paulo.
Questionado sobre o palanque duplo que passou a existir no Estado, Edson Aparecido afirmou que o PSDB tem o seu candidato: o senador Aécio Neves.
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