• No ato, que contou com a presença de filiados a siglas da base aliada da presidente, havia até um prefeito do PT
Elizabeth Lopes, Ana Fernandes e Ricardo Chapola - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O ato político realizado em torno da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República nesta quarta-feira, 15, em São Paulo, reuniu prefeitos e apoiadores de 16 partidos, incluindo legendas que estão na base aliada da adversária neste segundo turno da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff.
Segundo Edson Aparecido, que foi coordenador-geral da campanha de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), vitorioso no primeiro turno, e agora atua na campanha de Aécio, alguns dos partidos da base do governo Dilma que estiveram no ato em São Paulo, são: PR, PP, PSD, PMDB e PDT. No evento, havia ainda a presença de um prefeito do PT.
"Reunimos cerca de 500 prefeitos, do nosso partido, do PSB, como o de Campinas (SP), Jonas Donizette, e do PPS, dentre outros", destacou Aparecido. Ele avaliou como muito positivo o evento e disse estar confiante na vitória de Aécio neste segundo turno. Outra liderança do PSB, deputado Beto Albuquerque, que foi vice na chapa presidencial de Marina Silva e um dos principais articuladores para o apoio da legenda ao tucano, disse que seu partido e o PSDB vão intensificar a troca de informações sobre agenda para potencializar a campanha de segundo turno. "Estamos trocando informações de agenda e onde o PSB puder vai ajudar na coordenação da campanha de Aécio."
Na terra do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o governador eleito em primeiro turno, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, do mesmo partido, passaram a coordenar a campanha de Aécio. Segundo Beto, a situação em Pernambuco foi peculiar por causa da relação com a família de Campos. Mas o deputado disse que se empenhará pessoalmente na campanha de Aécio e do candidato a governador no Rio Grande do Sul José Ivo Sartori (PMDB). "Aécio vai conquistar uma votação expressiva no Sul e também no Sudeste. Essa estratégia do PT de bater na votação em Minas vai se voltar contra eles nas urnas."
Dois presidenciáveis que disputaram o primeiro turno deste pleito contra Aécio também estavam no ato desta quarta em São Paulo, que reuniu milhares de pessoas, José Maria Eymael (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB). Questionado se a polêmica em que se envolveu ao fazer declarações consideradas homofóbicas pela comunidade LGBT, em debates do primeiro turno, poderia prejudicar a relação de apoio com PSDB, Levy disse que não. "Não fui candidato de uma pauta só, eu discuti a redução de impostos, a questão dos juros bancários. Essa história (de atrito com a comunidade LGBT) foi um ponto fora da curva, um acidente de percurso", afirmou, destacando que Aécio representa a "mudança de verdade" e que por isso tem recebido apoio de forças distintas. O evento realizado em um clube na zona norte de São Paulo reuniu também tradicionais aliados de Aécio.
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