segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Prévia do PIB cai 0,26% em outubro e aponta retração da economia de 0,09% no ano

• IBC-Br, do Banco Central, mostrou uma retração da economia em outubro acima do recuo esperado por analistas

Victor Martins - Agência Estado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB) do País, caiu 0,26% em outubro ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o número passou de 146,79 pontos em setembro, na série dessazonalizada, para 146,41 pontos em outubro.

O resultado do IBC-Br ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado (alta de 0,28%) e fora do intervalo das estimativas (zero a alta de 0,53%).

A série com ajuste sazonal aponta ainda uma queda de 0,09% na atividade no acumulado do ano. Em 12 meses, houve crescimento de 0,26%. Na comparação entre outubro de 2014 e outubro de 2013 houve queda de 0,87%.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio. A projeção do Banco Central para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 0,7%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em setembro.

Série observada. Na série sem ajuste sazonal, é possível observar um crescimento de 0,22% nos 12 meses encerrados em outubro de 2014. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o indicador ficou negativo em 0,12% (sem ajuste). Até setembro, por esse critério, era verificada uma ligeira alta de 0,01%.

Na comparação entre os meses de outubro de 2014 e de 2013, houve retração de 1,18% também na série sem ajustes sazonais. Na série classificada como observada, outubro terminou com IBC-Br em 149,86 pontos. O indicador de outubro de 2014 ante o mesmo mês de 2013 mostrou uma variação pior do que a apontada pela mediana (-0,38%) e ficou um pouco abaixo do piso das previsões (-0,80% a +0,25%) dos analistas do mercado financeiro.

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