Alexandre Hisayasu – Veja
Como sub do sub do sub no organograma do petrolão, o ex-gerente executivo da Petrobras Pedro Barusco causou espanto quando, pego na Operação Lava-Jato, admitiu ter quase 100 milhões de dólares numa única conta na Suíça. Causou igual surpresa a presteza com que ele se dispôs a devolver a bolada, como parte do acordo de delação premiada que fechou com o Ministério Público. A explicação para tamanho desprendimento é simples: os 97 milhões de dólares depositados no banco suíço não eram de Barusco. A conta, disse o ex-gerente aos investigadores da Lava-Jato, funcionava como uma "central de distribuição"" no exterior das propinas arrecadadas no Brasil, sendo integrantes da cúpula da Petrobras seus beneficiários diretos.
Os procuradores aguardam para breve a chegada dos extratos da movimentação dessas contas.
Na Petrobras, Barusco era o braço-direito do ex-diretor de Serviços Renato Duque, indicado ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu.
Duque, apontado como o operador do PT dentro da estatal, é o único dos funcionários da Petrobras que conseguiu se livrar da cadeia beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro do STF Teori Zavascki.
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