• Parlamentares pretendem ouvi-lo na semana do dia 18; Maria do Rosário, do PT, critica empreiteiro
- O Globo
BRASÍLIA - A oposição na CPI da Petrobras pretende acelerar a convocação de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, para prestar depoimento na comissão. O requerimento para ouvir o empreiteiro, que cumpre prisão domiciliar, foi aprovado na comissão em 14 de abril, mas a sessão não tem data marcada. Diante das declarações de Pessoa, divulgadas pelo jornal "Folha de S. Paulo", sobre as doações sob pressão à campanha de Dilma, ouvi-lo se tornou uma "prioridade", segundo o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que integra a CPI:
- É uma revelação gravíssima. Além das provas materiais coletadas sobre a corrupção na eleição de 2010, agora vemos avanços nas informações da mesma prática em relação às reeleição - disse Imbassahy.
Segundo o deputado, a CPI poderá marcar o depoimento para a semana do dia 18, uma vez que, na próxima, já estão agendadas oitivas de mais de dez pessoas em Curitiba, além de uma reunião ordinária para votação de requerimentos.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das integrantes da CPI mais aguerridas na defesa do governo, afirmou que não se opõe à ideia de agilizar o depoimento de Pessoa, mas criticou as declarações do empreiteiro, de que teria temido uma retaliação caso não doasse à campanha de reeleição da presidente Dilma:
- Tudo tem que ser apurado. Mas a subjetividade, como se sentia diante diss0o ou daquilo, é uma novidade no terreno político brasileiro, em que as pessoas dizem qualquer coisa para não serem cobradas pelos seus atos. Não é aceitável um ambiente de subjetividade nas denúncias.
Pessoa afirmou aos investigadores, segundo a "Folha de S. Paulo", que fez contribuições irregulares para campanha do ex-presidente Lula em 2006 e para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012. O empreiteiro disse ainda que pagou à consultoria de José Dirceu, condenado do mensalão, entre 2012 e 2014.
Duque: defesa chama Gabrielli
Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque arrolou como testemunha de defesa em processo da Operação Lava-Jato o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e outros 32 funcionários da companhia. Duque nega as acusações de lavagem de dinheiro e corrupção. Gabrielli já havia sido convocado como testemunha pelas defesas do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, e de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário