Durante os 12 anos de governos do PT no âmbito federal, seja com Lula ou Dilma Rousseff, os brasileiros assistiram à construção de um falacioso discurso de que o país vivia o “pleno emprego”. Mais uma vez, a dura realidade enfrentada pela população bate à porta daqueles que tentam nos ludibriar e desmonta a peça de ficção arquitetada pela propaganda oficial, revelando um aumento expressivo dos índices de desemprego em todas as regiões.
Os dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE, apontam uma taxa de desemprego de 7,9% no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a quase 8 milhões de brasileiros sem trabalho. Trata-se do maior percentual de desocupação desde 2013 e representa um aumento de 23% em relação ao último trimestre e de 12,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em apenas um ano, nada menos que 900 mil pessoas perderam seus empregos em todo o país.
Curiosamente, a região que mais sofre com o desemprego é o Nordeste, cantado em prosa e verso pelos defensores do lulopetismo como um território abençoado pelas benfeitorias dos governos de Lula e Dilma. Pois lá a taxa de desocupação é de 9,6%, bem superior à média nacional, e alguns estados ostentam percentuais de dois dígitos, entre os quais Rio Grande do Norte (11,5%), Bahia (11,13%) e Alagoas (11,1%).
A Pnad Contínua é mais abrangente do que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), muitas vezes utilizada pelo governo petista para camuflar os índices, pois investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país – ao passo que a PME pesquisa 44 mil domicílios e atua somente nas seis principais regiões metropolitanas.
Além do aumento da taxa de desocupação, há outro fenômeno em curso que compromete o desenvolvimento do país: o crescimento da geração “nem-nem”, formada por jovens que não trabalham nem estudam. Segundo o IBGE, esse contingente era de 9,6 milhões em 2012 (19,6% da população entre 15 e 29 anos), enquanto os que não trabalhavam nem procuravam emprego já chegavam a 16,8 milhões em novembro de 2013 (ante 15,8 milhões do mesmo mês do ano anterior).
Além de enfrentar o drama do desemprego, os brasileiros têm de reaprender a lidar com uma velha inimiga que parecia ter sido derrotada, mas ressuscitou sob as hostes do PT: a inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE, o índice alcançou 8,17%, o maior patamar em mais de 11 anos e muito acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central (4,5%) e mesmo do teto da meta (6,5%). Diante da absoluta incompetência de Dilma e da trupe lulopetista, não são poucos os especialistas do mercado financeiro que projetam uma inflação de dois dígitos até o fim do ano.
A situação de descalabro enfrentada pelo país é reflexo da incapacidade do atual governo de responder com eficiência a graves problemas. A escalada da inflação, o aumento do desemprego, o endividamento das famílias, a desindustrialização e a falta de perspectivas tanto na política quanto na economia trazem à tona um cenário tão sombrio que, infelizmente, não é possível enxergar luz no fim do túnel. Com Dilma e o PT, a crise é dramática e só está começando.
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Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS
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