- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, CURITIBA - No mesmo dia em que o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar deixou a prisão por decisão do Supremo Tribunal Federal, os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato apresentaram duas novas acusações de corrupção contra o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, e três executivos da empresa.
Eles são acusados de pagar propinas no total de R$ 138 milhões em oito obras da Petrobras, como a terraplenagem das refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Pedro Barusco também foram acusados pelo recebimento de suborno relativo a essas obras.
Noutra denúncia, os procuradores pedem a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht com o argumento de que ele já demonstrou a intenção de prejudicar as investigações.
Marcelo e três executivos (Márcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Ramos Rocha) estão presos desde 19 de junho.
A força-tarefa diz que os executivos também indicaram que têm planos para eliminar provas que possam prejudicá-los e até fugir do país.
O plano para eliminar informações, segundo os procuradores, foi encontrado em anotações feitas no bloco de notas do celular de Marcelo. Uma anotação dizia "higienizar apetrechos MF e RA", uma possível referência a Márcio Faria e Rogério Araújo.
O suposto plano de fuga, segunda a acusação, aparece na expressão "tática Noboa", que foi interpretada como uma referência a Gustavo Noboa, presidente do Equador que fugiu do país ao ter a sua prisão decretada por suspeitas de corrupção na negociação da dívida externa.
Outro lado
A Odebrecht disse que não iria se manifestar porque não teve acesso à denúncia.
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