sábado, 17 de outubro de 2015

Pré-candidato à Prefeitura do Rio é investigado por suspeita de agressão, diz revista

- Folha de S. Paulo

RIO - O secretário de governo do Rio, Pedro Paulo, espécie de supersecretário do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e pré-candidato à sua sucessão, é investigado pela Polícia Civil por suspeita de ter agredido sua ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira.

Pedro Paulo é responsável pelas principais obras que acontecem hoje no Rio e é tratado por Paes como futuro prefeito da cidade.

A informação foi divulgada pelo site da revista "Veja" na noite desta sexta (16).

Segundo a reportagem, o inquérito é amparado por laudo do Instituto Médico Legal (IML). Testemunhos de uma babá e da própria ex-mulher dão conta de que, na tarde de 6 de fevereiro de 2010, Pedro Paulo a agrediu a socos e pontapés durante uma briga. O casal se separou no dia seguinte, diz a revista. À época, Pedro Paulo era secretário da Casa Civil de Paes. Hoje, ele é secretário executivo de governo da Prefeitura do Rio.

Ainda de acordo com a reportagem, em depoimento à polícia, Teixeira disse que a briga foi provocada porque ela encontrou indícios de traição no apartamento que o casal dividia no Rio. A ex-mulher chegou de viagem sem avisar o ex-marido.

Encontrou cabelos longos no ralo do chuveiro, duas taças de vinho e um sutiã que não era seu debaixo da mesa da cozinha.

Quando Pedro Paulo chegou em casa no dia seguinte, anunciou o divórcio e aconteceu a briga, diz a revista, citando depoimento no inquérito. Pedro Paulo a teria empurrado e chutado depois que ela já estava no chão, dado um soco no seu olho esquerdo e um golpe na boca que quebrou um de seus dentes.

Segundo a publicação, a ex-mulher do secretário disse em seu depoimento que não era a primeira vez que Pedro Paulo a agredia –ele já tentara sufocá-la. A babá, Ana Paula Bernardes, chegou no final da discussão.

De acordo com a revista, a delegada Viviane Costa enviou na semana passada a investigação à Justiça Federal, já que Pedro Paulo tem foro privilegiado. Ele foi reeleito deputado federal em 2014, mas permaneceu na prefeitura.

Outro lado
Procurado pela Folha, Pedro Paulo não quis se pronunciar. Em nota, a ex-mulher disse que inventou ter sido agredida porque estava emocionalmente abalada no momento.

"Reitero enfaticamente que Pedro nunca me agrediu, nem nesta ocasião, nem em qualquer outro momento. Tudo foi invenção minha num momento de desespero do fim do relacionamento conturbado. Também não é verdade que nossa empregado à época tenha presenciado qualquer agressão do Pedro. Que fique claro que, quando ela chegou ao apartamento, a discussão já havia acabado", diz a nota.

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