- O Tempo (MG)
O desafio. Não bastassem as crises política, econômica e moral, o Brasil terá pela frente um enorme desafio na saúde pública: o combate ao zika vírus, causa mais provável para o aumento dos casos de microcefalia, que saltaram, entre 2014 e 2015, de 40 para 399 até agora. As projeções são assustadoras. Fala-se até em 100 mil recém-nascidos com microcefalia em 2016.
E o drama se amplia ao verificarmos que não há conhecimento científico acumulado sobre o vínculo entre o vírus e a doença, dado ser a primeira vez que se coloca o problema em escala mundial. Outras hipóteses estão sendo investigadas. Mas tudo indica que o zika vírus e a microcefalia estão realmente associados.
E não há abordagem terapêutica possível. Não há vacina. E só resta o velho e bom combate à propagação do mosquito transmissor, que é o mesmo da dengue. E que as gestantes tentem por todas as formas possíveis evitar a picada do mosquito. Mas sabemos, com base nas experiências de combate à dengue, que as estratégias utilizadas nas últimas décadas são de eficácia relativa. É preciso, de um lado, alertar toda a sociedade para a gravidade do que está por vir. A consciência e a informação são os pressupostos para a mobilização comunitária.
Não podemos cruzar os braços diante da aterradora perspectiva de termos milhares de crianças com sequelas definitivas e irreversíveis. Serão dezenas de milhares de pessoas com deficiência cognitiva e com grau de autonomia perto de zero. Se as projeções mais pessimistas se confirmarem, estaremos diante de um quadro para o qual o Brasil não está preparado. Paralelamente à mobilização social no combate ao zika vírus e à microcefalia, gestores de saúde e o mundo científico têm que procurar alternativas ousadas e criativas para estancar a epidemia o mais rápido possível. Mais do mesmo não dará certo, a dengue já provou isso.
A construção. Em 2016, teremos a tarefa de construir boas candidaturas às prefeituras em Minas e no Brasil. O país está carente de bons exemplos e gestores. A base de tudo é o município. Em BH, o PSDB tem dois valorosos nomes em condições para a disputa. O talentoso e jovem deputado João Vítor Xavier, que vem crescendo cada vez mais no processo, e o experiente deputado João Leite. O PSDB deseja lançar candidato próprio. Gostaria muito que Alberto Pinto Coelho e Délio Malheiros se filiassem ao PSDB, para somar, e não para dividir. E que juntos, sob a liderança do senador Aécio Neves, construíssemos uma aliança sólida com o prefeito Marcio Lacerda, nosso parceiro de longa data, com o PSB participando da chapa majoritária, projetando uma união que carrega a semente do futuro de Minas.
O desejo. Que todos tenham um Natal feliz e que o exemplo de Cristo nos faça refletir sobre a essência da vida e seus fundamentos: os valores da honestidade, da simplicidade, da solidariedade humana, num Brasil corroído e ferido de morte pela corrupção, pela mentira e pela falta de espírito público.
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Marcus Pestana, deputado federal (PSDB-MG)
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