• Para juiz, há problemas no álibi e inconsistências nos depoimentos
- O Globo
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do publicitário João Santana; da mulher dele, Mônica Moura; e da secretária do grupo Odebrecht Maria Lúcia Tavares com base nos novos documentos apreendidos na última segunda-feira, quando foi deflagrada a 23ª fase da Lava-Jato. Para o juiz, “há certos problemas no álibi” e inconsistências entre os depoimentos prestados pelo casal com a prova documental colhida.
Moro lembra que Santana negou ter relacionamento comercial com a Odebrecht, mas o casal foi remunerado pelas mesmas contas que a empresa usou para pagar propina a agentes da Petrobras. Para o juiz, a presença de Zwi Skornicki, operador de propina da estatal, como fonte de recursos do casal “é, por si só, perturbadora”. A PF apreendeu ainda um bilhete de Mônica, endereçado a Maria Lúcia. Na agenda da secretária, Mônica seria a “Feira”. Anteriormente, a PF tinha dito que “Feira” é Santana.
Moro também determinou que Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Construtora Norberto Odebrecht, e Vinicius Veiga Borin, que teria movimentado contas no exterior, sejam colocados em liberdade. Os dois estavam presos temporariamente e, agora, cumprirão medidas cautelares, como proibição de mudar de endereço, comparecimento obrigatório a todas convocações das autoridades, inclusive por telefone, e entrega de passaportes.
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