• Policiais cumprem dez mandados de prisão. Advogado do empresário diz que ele está viajando e irá se apresentar
Chico Otávio e Juliana Castro | O Globo
RIO - Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizam na manhã desta quinta-feira uma operação para cumprir dez mandados de prisão preventiva e quatro conduções coercitivas na Operação Eficiência, a segunda fase da Operação Calicute, que é o desmembramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro. Entre os principais alvos com mandados de prisão expedidos estão o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, o ex-governador Sérgio Cabral, que já está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. Segundo as investigações, o grupo desviou cem milhões de dólares para paraísos fiscais no exterior.
Eike Batista não foi encontrado na casa dele no Jardim Botânico. Segundo o Advogado Fernando Martins, o empresário está viajando e irá se apresentar em breve à polícia.
Segundo o Blog do colunista Lauro Jardim, foi preso na operação Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike Batista e atual vice-presidente de futebol do Flamengo.
Essa etapa da operação Calicute foi baseada em dois acordos de colaboração que revelaram como funcionava o esquema de lavagem da propina cobrada por Cabral em todos os contratos do governo do estado, durante a gestão dele e também como Eike Batista fazia para repassar o dinheiro do suborno para o ex-governador.
Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra Sérgio de Castro de Oliveira, chamado Serjão, operador do esquem; Thiago Aragão, sócio do escritório de Adriana Ancelmo, o publicitário Francisco de Assis Neto, o Kiko, e o doleiro Álvaro José Galliez.
Também são alvos da operação, mas já estão presos, o ex-secretário de governo Wilson Carlos, os operadores Carlos Emanuel de Carvalho Miranda e Luiz Carlos Bezerra, além de Cabral.
Os agentes também tentam cumprir mandados de condução coercitiva contra Maurício de Oliveira Cabral Santos, irmão do ex-governador, e Susana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral, além do operador do mercado financeiro Eduardo Plass, e Luiz Arthur Andrade Corrêa, preso na 34ª fase da operação Lava-Jato, em setenbro.
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