- Folha de S. Paulo
PORTO ALEGRE - O presidente Michel Temer (PMDB) disse que só indicará um substituto para a vaga de Teori Zavascki, morto da quinta-feira (19), depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) definir a nomeação de um novo relator dos processos da Lava Jato.
Temer chegou a Porto Alegre na manhã deste sábado (21) para o velório do ministro.
Questionado, durante pronunciamento, sobre a escolha de um novo ministro para a vaga, o presidente falou apenas: "Só depois que houver a indicação do relator [da Lava Jato]".
Antes, Temer definiu Teori como "um exemplo a ser seguido".
"É um homem de bem. O que o Brasil precisa cada vez mais é de homens com a têmpera, exação, competência pessoal, moral e profissional do ministro", disse Temer à imprensa.
"Que Deus o conserve na nossa memória e na memória dos brasileiros."
Durante o velório, o presidente ficou junto a um dos filhos de Teori, o advogado Francisco Zavascki, e de outras pessoas próximas do ministro.
"Tempos ruins", disse aos familiares de Teori. "Vamos caminhando", Temer repetia à família.
Antes de fazer seu pronunciamento, o presidente ficou reunido com o ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes.
O peemedebista chegou à sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, por volta das 13h20.
Estava acompanhado do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, do ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra (PMDB), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Antes de Temer, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo de Tarso Sanseverino defendeu que o sucessor de Teori na relatoria da Lava Jato seja escolhido "antecipadamente entre um ministro do próprio tribunal". "Não se deve deixar a relatoria para um ministro que vai assumir em uma situação politicamente delicada", disse.
Sanseverino declarou ainda que "não seria mau" e que seria uma "solução bem razoável" que a própria ministra Cármen Lúcia assumisse a relatoria da Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro, durante o velório, disse que "nem tudo está perdido" em relação à relatoria da Lava Jato.
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