Para integrantes da sigla, MP acompanha calendário do PT
Fernanda Krakovics | O Globo
-BRASÍLIA- Integrantes do PT criticaram a realização de uma operação da Polícia Federal contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no dia em que o partido iniciava seu 6º Congresso, em Brasília.
— Em todo evento importante do PT tem que ter uma operação. Isso já está manjado — disse o ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) Luiz Marinho.
Em fevereiro de 2015, o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado para depor coercitivamente no dia em que o partido realizava evento para comemorar seus 35 anos.
Marinho também criticou as delações premiadas, usadas na Operação Lava-Jato:
— O empresariado, para construir a narrativa da LavaJato, está transformando tudo em propina, o que não é real.
Ex-secretário de Relações Institucionais da gestão Haddad, José Américo Dias defendeu a lisura da campanha do ex-prefeito e também ironizou a coincidência de datas:
— É congresso do PT. Amanhã provavelmente vai ter outra operação.
Esse também foi o tom do deputado Paulo Teixeira (SP):
— O Ministério Público deve acompanhar o calendário do PT. Em todo encontro eles organizam uma operação como essa. Parece que o objetivo é mostrar o desapreço ao PT.
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