Por Chiara Quintão | Valor Econômico
BARUIERI - O presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal (PSDB), afirmou hoje que o partido votará “totalmente a favor” da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira.
No entendimento de Aníbal, na última passada, houve “uma atitude meio frouxa de governo”. Na terça-feira, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou relatório da reforma trabalhista. “Era uma votação crucial”, disse.
Segundo Aníbal, deveria ter sido identificado que parlamentares que pudessem votar contra a reforma fossem substituídos.
“Sabemos que a maioria do Senado vai votar de forma favorável à reforma, então substituí-los não iria criar uma situação que não corresponde à realidade. Acredito que, na Comissão de Constituição e Justiça, a maioria vai votar a favor”, disse.
Segundo Aníbal, não há novidades sobre o desembarque ou não do PSDB do governo do presidente da República, Michel Temer. “Não tem nem reunião marcada. Felizmente, pelo momento, não tem nem reunião marcada. Certamente, esta vai ser uma semana de muita conversa em Brasília”, disse.
Questionado sobre o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o seguro-desemprego, Aníbal disse ser “totalmente contra”. O governo avalia reter parte do FGTS dos trabalhadores demitidos sem justa causa para economizar com o pagamento do seguro desemprego.
“Acho que esta vai se tornar uma posição do PSDB. Você não pode disponibilizar um recurso que não é seu. Para pagar o seguro desemprego, quem deve completar é o governo, com recursos do Tesouro e não do trabalhador”, disse.
Sobre as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao prefeito de São Paulo, João Doria, Aníbal disse que o ex-dirigente do país não é agressivo, mas desafiador. “Às vezes, desafia muito, mas quem é atingido tem toda a condição de responder, e ele sabe entender. O Mário Covas dizia que chumbo trocado – no caso, é chumbinho trocado – não dói”, disse.
Aníbal afirmou que é muito difícil haver resultado em seis meses, período em que Doria está à frente de São Paulo. “Espero que haja foco e que esse foco resulte na melhoria da qualidade de vida da cidade”, afirmou.
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