Malena Oliveira Murilo Rodrigues Alves, O Estado de S. Paulo.
O executivo Aldemir Bendine foi confirmado no cargo de presidente da Petrobrás em fevereiro de 2015, com a missão de ajustar o balanço da companhia e contabilizar as perdas com a corrupção diante do escândalo que já fazia a petrolífera sangrar desde março de 2014. Dias antes, sua antecessora, Graça Foster, havia renunciado ao posto diante da pressão por causa dos desdobramentos das investigações.
Vindo do Banco do Brasil, onde se tornou presidente em abril de 2009, Bendine era um nome de confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff. A nomeação foi uma surpresa para o mercado. No dia de sua confirmação no cargo, as ações da Petrobrás fecharam em queda de 6%, mas chegaram a recuar 9% durante as negociações.
Na gestão de Bendine, a empresa contabilizou, em abril de 2015, prejuízo recorde de R$ 6,2 bilhões, por baixas contábeis relacionadas à corrupção entre 2004 e 2012. O resultado referente a 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões. Ele renunciou à presidência da Petrobrás em maio de 2016, já na interinidade de Michel Temer na Presidência.
Uma das polêmicas mais graves em que Bendine esteve envolvido foi um empréstimo do Banco do Brasil aprovado em sua gestão para a socialite e amiga Val Marchiori, de R$ 2,7 milhões, em outubro de 2014. Na época, o banco informou não haver ilegalidade na operação.
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