Painel / Folha de S. Paulo
Bate o sino O Planalto vai começar a contar votos a favor da reforma da Previdência na próxima semana. Líderes de todos os partidos foram incumbidos de entregar ao presidente Michel Temer o número de deputados favoráveis às novas regras em suas bancadas. O governo corre para levar o assunto ao plenário da Câmara na semana do dia 6 de dezembro. Parlamentares favoráveis ao texto avisaram que nem eles terão coragem de votar o tema próximo ao Natal. Seria um presente para a oposição.
Grão em grão Hoje, as projeções variam entre 250 e 270 votos. São necessários 308 para aprovar a reforma. Mesmo sem número, a avaliação é a de que o governo conseguiu desenterrar a proposta, já dada como morta.
CEP e CPF A oposição decidiu atacar um flanco considerado exitoso no recente esforço pela Previdência: a propaganda. Chico Alencar (PSOL-RJ) solicitará detalhamento dos gastos com a campanha, quais agências fizeram as peças, se elas afetaram o contingenciamento e se houve remanejamento de verba para bancá-las.
Vai ou racha Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliam que ele colocará o tema em votação mesmo que não haja apoio suficiente. Quem o conhece vê no gesto seu aceno mais firme ao mercado, de olho em 2018.
X da questão A já esperada saída de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) da Secretaria de Governo terá papel decisivo no desenrolar da reforma. Ao deixar o posto, acalmará PMDB e PP. Só não pode parecer ter sido expulso, para não tirar os 30 votos que o PSDB daria hoje à reforma.
Eu avisei Aliados de Imbassahy no tucanato dizem que, para evitar mais exposição, seu desembarque não pode ultrapassar a próxima semana. Ala expressiva do partido o orientou a pedir demissão já na quarta (22), quando todos davam sua queda como certa.
Eu avisei 2 Naquele dia, ouviu conselhos nesse sentido de Aécio Neves (PSDB-MG), em conversa fechada no gabinete do mineiro com mais quatro deputados.
Deu Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) pediu que Magno Malto (PR-ES) baixasse o tom na CPI dos Maus-Tratos. Quer encerrar a comissão dia 22.
Quase lá O acordo que deverá levar o governador de SP, Geraldo Alckmin, à presidência do PSDB avançou, mas não foi concluído. Espera-se definição até o início da próxima semana.
Ajeita O paulista teve longa conversa com Tasso Jereissati (PSDB-CE) na quinta-feira (23). Depois, aliados dele sondaram a disposição de Marconi Perillo (PSDB-GO) em também abrir espaço para uma terceira via.
Voe O risco de isolamento do PSDB na eleição presidencial é real. Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, partido que é assediado pelos tucanos por 2018, declarou ao portal R10, de seu Estado, que Lula é o candidato dele ao Palácio do Planalto.
Falo sério O prefeito João Doria (PSDB) esteve na quinta (23) com o presidente do PMDB, Romero Jucá, na capital paulista. Alckmin não precisa se alarmar. Seu pupilo deu a entender que a disposição em concorrer ao governo do Estado é real.
Melhor não Os ataques de Lula deram a Luciano Huck um vislumbre do que seria a disputa eleitoral e pesou na decisão do apresentador de recuar. Amigos disseram que, se assumisse candidatura, ele teria a “vida revirada de cabeça para baixo”. Hoje, exemplificaram, personagens como Feiticeira e Tiazinha poderiam fixar nele a marca de machista.
Na rua Recém-filiado ao PSC, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro foi a Belém falar sobre perspectivas para a Amazônia.
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