Em meu torrão natal — Imperatriz —,
nas serras da Barriga e da Juçara,
um homem negro, muito negro, quis
mostrar ao mundo que tinha alma clara.
E tem o sonho que Platão sonhara: —
que um sonho nobre não possui matiz.
(O sol d’Egina é o mesmo sol do Saara,
da Senegâmbia, de qualquer país).
Em mil seiscentos e noventa e sete,
galgam o topo da montanha a pique,
os homens brancos de Caetano e Castro.
E o negro herói que não se curva e inflete,
faz-se em pedaços para que não fique
com os homens brancos, o seu negro rastro…
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