Painel / Folha de S. Paulo
2018 é agora A duas semanas de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciar uma caravana no Rio, o PT recebeu uma pesquisa em que ele aparece empatado com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa pelos votos do Estado na corrida presidencial. Com os números em mãos, lideranças petistas passaram a sugerir que o ex-presidente polarize com Bolsonaro no giro fluminense, ignorando outros potenciais adversários. Lula resiste. Acha que poderia atrair ainda mais atenção para o rival.
Por nós Para convencer Lula, aliados dizem que só ele seria capaz de combater o discurso de criminalização da política que tem sido usado fartamente por Bolsonaro. Se não partir para o enfrentamento ideológico, afirmam, o PT deixará uma porta aberta para a direita mais radical.
Os números A pesquisa usada para justificar uma ofensiva mostra Lula com 23% das intenções de voto para presidente no Estado do Rio e Bolsonaro com 21%. Marina Silva (Rede) tem 7%, Ciro Gomes (PDT), 4%, e Geraldo Alckmin (PSDB), 3%.
A casa é sua As mudanças feitas pelo PEN para atrair Jair Bolsonaro não se limitam ao novo nome da sigla (Patriota) e à composição da executiva. O partido também mexeu em nove diretórios estaduais para acomodar pessoas indicadas pelo deputado.
Quero mais As trocas já foram registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas Bolsonaro ainda aguarda a conclusão de outras trocas para se filiar ao partido.
De grão em grão O DEM vai concluir a primeira fase de seu plano de expansão em dezembro, com a incorporação de sete deputados que deixaram o PSB. A sigla buscará novas adesões até março, quando haverá janela para troca de legenda antes das eleições. Hoje com 29 deputados, o DEM quer chegar a 45.
Aposta Entre os nomes cobiçados pelo DEM está o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Ele quer concorrer ao governo mineiro e espera ter a simpatia do senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Cabeças trocadas Líderes do DEM tentam fortalecer a ideia de que devem ter candidato próprio a presidente em 2018. Com o tumulto no PSDB, que a sigla apoiou em anos anteriores, veem uma chance de inverter papeis.
Fica a dica Sem acordo entre o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO), e com a hesitação de Geraldo Alckmin (SP) em assumir o comando do PSDB, surgem nomes novos na disputa pela presidência do partido. José Serra (SP) anda interessado no assunto.
Olha ele Apesar da ovação que recebeu na recente convenção do PSDB paulista, Alckmin tem sido alvo de críticas de aliados na Assembleia Legislativa. Os descontentes lembram que Serra não descartou pretensões de se candidatar à Presidência de novo, o que poderia atrapalhar os planos de Alckmin.
Resta um Tucanos brincam que, se o desentendimento no partido persistir, seu próximo presidente acabará escolhido como na série “Designated Survivor”, em que um político inexpressivo chega à Casa Branca depois que o presidente e todos na linha sucessória são mortos num atentado terrorista.
Segunda chance Avançaram nos últimos dias as negociações entre a Odebrecht e a CGU (Controladoria-Geral da União) para assinar um acordo de leniência, que permita à empreiteira voltar a contratar com o setor público e ter acesso a crédito oficial.
Hora da conta O governo apresentou à Odebrecht uma metodologia para calcular o valor dos danos que ela terá de reparar pelos delitos que praticou. Não há números fechados, e ainda falta acertar vários detalhes, além de vencer resistências do TCU (Tribunal de Contas da União).
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