Saída para reduzir as desigualdades sociais em todo o país é apostar na educação, avaliam o senador do PPS-DF e o ex-presidente
Por Germano Martiniano, com informações do Valor Econômico
O livro “Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?”, organizado e publicado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e pela Verbena Editora, foi lançado nesta quinta-feira (15) em evento da Fundação FHC, em São Paulo. O evento, que contou com uma grande participação do público e a presença de autores da coletânea, foi antecedido de um diálogo entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
Durante o debate, tanto o senador do PPS-DF quanto o ex-presidente apontaram a educação como o melhor caminho para o Brasil reduzir as desigualdades sociais, ampliar o acesso da população à saúde e enfrentar um quadro de violência nas principais capitais brasileiras. Ao abordar essa questão, FHC discordou da ideia de que a saúde, conforme pesquisas divulgadas pela imprensa ultimamente, representa o maior problema do país na atualidade.
Para Cristovam Buarque, a mudança de rumo no país passa pela universalização do ensino. “O vetor da construção de um Brasil diferente é um sistema educacional que faça com que nossas escolas estejam nos melhores padrões e que não haja diferença entre a educação oferecida a ricos e pobres”, acredita o senador que pode concorrer à Presidência da República em 2018 pelo PPS.
Em seu discurso, o senador adicionou que falta ao país um “sentimento nacional”. “A raiva tomou conta de tudo. O corporativismo é como os brasileiros raciocinam hoje”, avalia, ao manifestar preocupação com a divisão entre “grupos e seitas”. “Talvez, a ira seja a principal musa do processo eleitoral que se avizinha. É algo que não combina com eleição”, completou Cristovam.
Fernando Henrique Cardoso, além de concordar com Cristovam no tema Educação, avalia que o Brasil e os outros países demandam, atualmente, uma renovação de seus quadros políticos. Ao analisar o cenário nacional, FHC avaliou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “se matou politicamente”. Em seguida, ao explicar a declaração, afirmou que o petista representava a esperança quando foi eleito em 2002, mas decepcionou a todos os brasileiros.
“Espero que este diálogo com FHC cresça cada vez mais, não com a pretensão dele me apoiar em uma possível candidatura para presidente em 2018, mas com a possibilidade de que tenhamos um candidato entre os extremos que vemos atualmente”, disse o senador no encerramento do evento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário