Presidente da Câmara dos Deputados afirma que Alckmin e Meirelles têm ‘bônus e ônus’, assim como ele
André Ítalo Rocha Altamiro Silva Junior / O Estado de S. Paulo
Cotado como possível candidato do DEM ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou ontem que a “uma avenida está aberta” para todos os políticos, inclusive ele.
“Uma avenida está aberta para qualquer candidato, com as qualidades que o ministro (da Fazenda) Henrique Meirelles tem, com as qualidades que o governador Geraldo Alckmin tem, bônus e ônus.
Eu também tenho os meus. Cada um vai trabalhar essas questões se quiser se viabilizar como candidato no futuro”, afirmou Maia a jornalistas após participar do encerramento de evento do banco BTG Pactual, na capital paulista.
O evento, que reuniu cerca de 2,5 mil investidores e empresários, além de 140 empresas, teve palestra do deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSCRJ), anteontem.
Ao comentar sobre a pré-candidatura de Alckmin e as recentes pesquisas de intenção de voto, Maia afirmou que também tem encomendado levantamentos.
“O PSDB aumenta a rejeição dele (Alckmin), mas ele saberá trabalhar isso até a eleição, porque está fazendo pesquisa, como eu”, disse o deputado.
Em relação a Meirelles, Maia disse que o ministro terá como “obstáculo” a rejeição sofrida pelo governo federal. “O governo tem rejeição e ele é ministro do governo.”
Meirelles, também presente no evento do BTG, foi questionado sobre a disputa ao Palácio do Planalto, mas manteve o discurso de que só vai decidir sobre isso entre o fim de março e o início de abril. Reafirmou que ainda é cedo para uma definição sobre eventual candidatura e que o foco dele, neste momento, é o Ministério da Fazenda.
‘Angústia’. O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, afirmou que há hoje uma “angústia generalizada” com o cenário político. O executivo proferiu palestra ontem em São Paulo sobre o projeto Brasil 200, um movimento de empresários que defende uma agenda de liberalismo político e conservadorismo nos costumes.
O Brasil 200 foi lançado em janeiro, em Nova York. “Não faria sentido começar um movimento de inspiração política em Nova York, mas a angústia era tão grande que a coisa ficou incontrolável”, disse o empresário. Ele considerou que não há hoje no cenário eleitoral um projeto que se apresente como liberal na economia e conservador nos costumes. Para ele, a maioria dos projetos mais à direita segue “um modelo óbvio”.
Colaborou Dayanne Sousa
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