Ricardo Galhardo | O Estado de S. Paulo.
O lançamento do livro A Verdade Vencerá – O povo sabe por que me condenam, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se transformou em um ato de solidariedade e contra a prisão do petista, ontem à noite. Diante de um auditório lotado no Sindicato dos Químicos de São Paulo, Lula reiterou sua inocência e disse que vai continuar ativo seja qual for o seu futuro. “Aconteça o que acontecer vocês têm que saber que estou na luta”, disse Lula. “Se cometerem a barbaridade de mandarem me prender, eles estarão me transformando no primeiro preso político do século 21.”
Antes do início do evento, apoiadores do ex-presidente distribuíram adesivos e panfletos com o título “Não à prisão de Lula”. A frase foi contestada por alguns participantes, que consideraram a palavra “prisão” equivocada. Vários oradores também falaram sobre a possibilidade de Lula ir para a cadeia em declarações de solidariedade ao petista.
Lula disse ter telefonado para o ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, alvo da Operação Buona Fortuna, 49ª fase da Lava Jato, suspeito de receber R$ 15 milhões desviados da obra da usina de Belo Monte. Ele nega.
“Peguei o telefone e liguei em solidariedade ao Delfim Netto, porque não posso aceitar que um homem de 89 anos de idade seja chamado de corrupto porque fez uma consultoria”, disse Lula.
O ex-presidente autografou 100 exemplares do livro, composto de três entrevistas nas quais Lula diz, entre outras coisas, que está pronto para ser preso.
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