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Esta será a eleição do tudo pode
A alguns dos seus ministros mais próximos, o presidente Michel Temer confidenciou que votará em Fernando Haddad (PT) no segundo turno caso ele enfrente Jair Bolsonaro (PSL) ou Ciro Gomes (PDT).
Nos cálculos de Temer, Haddad disputará o segundo turno e, possivelmente, contra Bolsonaro. Ele não crê nas chances de Ciro desbancar qualquer um dos dois. De resto, tem horror a Ciro.
Temer acha que a eleição de Bolsonaro representaria um risco grande para o país, porque ele é um político imprevisível e teria muita dificuldade para se entender com o Congresso e a Justiça.
Não poderá, como presidente da República, tomar partido publicamente de nenhum candidato. E reconhece que se o fizesse prejudicaria o escolhido.
Por fidelidade ao seu partido, no primeiro turno Temer votará em Henrique Meirelles (MDB), apesar de ele recusar-se a defender o governo e preferir a companhia de Lula na sua propaganda.
Onde se plantando tudo dá
Que país original, o nosso. Condenado, preso e impedido por lei sancionada por ele mesmo de ser candidato a presidente, Lula diz que será de qualquer jeito – e milhões de pessoas simplesmente acreditam. E prometem que lhe darão seu voto.
Enquanto isso…
Em campanha como candidato a vice-presidente, Fernando Haddad é de fato candidato a presidente, mas jura que não é e que sequer pensa em tal coisa. E milhões de pessoas acreditam que ele diz a verdade, somente a verdade, nada mais do que a verdade.
O calvário de Alckmin
Geraldo Alckmin (PSDB) colheu, ontem, mais uma traição. O industrial Armando Monteiro Neto (PTB), candidato ao governo de Pernambuco, evitou ser visto ao lado dele na visita que Alckmin fez a Petrolina, cidade à margem do rio São Francisco e ligada por uma ponte a Juazeiro, na Bahia, reduto do PT.
O PTB de Monteiro Neto faz parte da coligação de nove partidos que apoiam Alckmin para presidente da República. Os dois companheiros de chapa de Monteiro Neto, candidatos ao Senado, apoiam Alckmin e o recepcionaram em Petrolina. Monteiro Neto apoia Lula, que não será candidato. Ainda não disse se apoiará Fernando Haddad (PT).
Na semana passada, foi o senador Ciro Nogueira, presidente do PP que apoia Alckmin e indicou sua vice, que desfilou em Teresina ao lado de Haddad, carregando uma faixa com o retrato de Lula. O Nordeste é um território hostil a Alckmin. Sem Lula candidato, quem cresce ali é Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT).
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