Por Fernando Taquari | Valor Econômico
SÃO PAULO - O candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, disse na tarde desta terça-feira que nunca esteve em sua agenda qualquer encontro com outros postulantes para discutir a união do centro na disputa pelo Planalto antes do primeiro turno, no dia 7 de outubro. "Acho difícil que alguém abra mão da sua candidatura. São aspirações legítimas. Então, acho difícil", afirmou o tucano após caminhada pelo bairro da Liberdade, na capital paulista.
Um encontro foi articulado pelo advogado Miguel Reale Júnior para reunir Alckmin, Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo). A ideia original, conduzida com discrição, seria colocá-los juntos na manhã de hoje, mas naufragou ante as recusas ou desistências de Amoêdo, Marina e Meirelles.
Alckmin observou que, apesar de não estar ciente da articulação do advogado, já houve diversas iniciativas para unir as candidaturas de centro. "Surgiram várias ideias, de vários partidos, tendo em vista a proximidade das eleições de buscar um denominador comum, mas essas coisas não são fáceis", afirmou.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi uma das autoridades políticas que defendeu em carta uma união para evitar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT).
"Quem vai acabar fazendo na prática é o eleitor, que vai acabar fazendo voto útil", concluiu Alckmin. No entorno da candidatura tucana, há percepção de que o encontro foi uma iniciativa isolada de Reale, estimulada pela carta de FHC. Ao Valor, o advogado afirmou que sua iniciativa não tinha relação com a carta do ex-presidente.
A menos de duas semanas da eleição, Alckmin deve concentrar os esforços nesta reta final em São Paulo, onde foi governador.
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