Feitos um para o outro
Feche os olhos e imagine a eleição presidencial sem candidato do PT. De fato, para ser coerente o partido não deveria ter lançado candidato. Não dizia que eleição sem Lula seria fraude?
Muito bem. Haveria Jair Bolsonaro (PSL) com chances de se eleger presidente se não existisse Fernando Haddad ou outro nome qualquer como candidato do PT?
Bolsonaro não teria votos sequer para se eleger governador do Rio, quanto mais presidente. Só tem porque enxergou a tempo o sentimento contra o PT da maioria dos brasileiros.
De acordo até aqui? Adiante, pois. Se na próxima semana Haddad assumir a liderança nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro poderá perder parte do apoio que tem hoje. Certo?
(Já não estamos de acordo, imagino.)
Cabe a pergunta: a ser assim, em quem votariam os eleitores perdidos por Bolsonaro? Não sei. Só sei que iriam para quem pudesse derrotar Haddad.
Eleição só acaba quando acaba. A história está repleta de surpresas que escaparam aos faros mais sensíveis dos institutos de pesquisa. Até lá, pois!
Por quem bate o coração de ACM Neto
A deputados do seu partido, o presidente do DEM, ACM Neto, prefeito de Salvador, admite viver um dilema: a quem apoiar no segundo turno se Geraldo Alckmin (PSDB) ficar de fora dele?
– Não posso ser oposição aqui e oposição em Brasília – repete ele.
Na Bahia, ACM Neto se opõe ao governador Rui Costa (PT) que deverá se reeleger no primeiro turno. Em Brasília, apoia discretamente o presidente Michel Temer (PMDB).
Mas se Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se enfrentarem no segundo turno, o que fazer? Por ele, não apoiaria nenhum dos dois. Apoiaria Ciro Gomes (PDT) sem pestanejar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário