- O Estado de S.Paulo
O debate de hoje, no SBT, deverá levar de forma mais acentuada que os anteriores à tentativa dos demais candidatos de tentar quebrar a polarização entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Para isso, devem ser vistas alianças estratégicas entre adversários e divisão de tarefas entre eles para definir quem bate em quem.
Geraldo Alckmin deverá se concentrar em Jair Bolsonaro, mas pelo caminho que tem explorado nos últimos dias: sem agredir o capitão, uma vez que o que ele pretende é conseguir lhe tirar eleitores, mas batendo na tecla de que sua passagem ao segundo turno levaria à vitória de Haddad e à volta do PT ao poder.
Em reunião ontem com aliados e estrategistas, Alckmin ouviu o pedido para que seja mais incisivo. Dizem que ele não poderá ignorar Bolsonaro, como fez nos encontros da Gazeta e da TV Aparecida. Mas também terá de se mostrar um opositor do PT, o que o forçará a chamar Haddad para o embate direto.
Já Ciro Gomes passará a noite no hospital e sua assessoria não sabe se ele irá ao debate. Até terça-feira, sua estratégia era atingir o candidato petista e se mostrar como a terceira via ainda no jogo. Pretendia ressaltar os pontos em que tem fustigado o ex-prefeito de São Paulo: sua inexperiência e o fato de ter sido rejeitado pelo eleitor paulistano, com derrota no primeiro turno, e o “beija-mão” a Lula que ele tem praticado.
Ciro avalia que Bolsonaro é um problema mais imediato para Alckmin e que a tarefa de desconstruí-lo cabe ao tucano e conterrâneo de Pindamonhangaba.
TV FLOPOU
Horário eleitoral entra na última semana sem virar jogo
E uma das perguntas de um milhão de dólares de 2018 - terá a propaganda na TV o mesmo peso das eleições anteriores? - vai se encaminhando para ser respondida com um sonoro “não”. O horário eleitoral entra na última semana nesta quarta-feira e não foi capaz de operar nenhuma virada significativa na sucessão presidencial nem nas principais disputas estaduais, como a de São Paulo.
QUE CONCERTAÇÃO?
Reunião frustrada do ‘centro’ evidencia falta de timing
Ficou pior a emenda que o soneto. A bateção de cabeça do chamado “centro” na reunião que não aconteceu evidencia a falta de timing desse campo: afinal, se era para pensar em união, isso deveria ter sido feito na fase de definição de candidaturas, e não com o leite praticamente derramado para eles. Além disso, o fato de que Alckmin, o possível beneficiário do apoio, não demonstra reação nas pesquisas dificultou ainda mais a tal “concertação”.
PREVIDÊNCIA
Grupo coordenado por Fraga reúne economistas e juristas
A proposta de reforma da Previdência que Armínio Fraga coordena, juntamente com o também economista Paulo Tafner, equaciona a transição do modelo atual para o próximo, um dos grandes entraves da proposta do governo Michel Temer. Ela tem “um pouco” de capitalização, diz Fraga, que, por ora, não detalha a proposta, que está sendo elaborada por um grupo que, além de economistas, inclui juristas e consultores legislativos.
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