Equipe de candidato afirma que sensacionalismo pode prejudicar Bolsonaro
Thais Bilenky | Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) considera uma sucessão de erros a exposição de Jair Bolsonaro (PSL) no hospital depois de ser alvo de uma facada em Juiz de Fora (MG).
Aliados disseram que a fotografia em que o adversário simula segurar uma arma com as mãos dentro do leito, com robe hospitalar e ligado a aparelhos é um gesto de gente perturbada.
Da mesma forma, afirmaram, o vídeo que o senador Magno Malta (PR-ES) gravou de Bolsonaro ainda grogue, horas depois do atentado, é uma exposição forçada.
Auxiliares de Alckmin afirmam que, com a exploração sensacionalista do episódio, Bolsonaro pode acabar não se beneficiando da comoção popular.
A ordem do candidato tucano é “esperar decantar” o episódio.
A Folha relatou na sexta (7) que a campanha tucana identificou que não houve uma comoção incondicional com o ataque ao presidenciável, de empatia.
A reação é mais polarizante do que agregadora para Bolsonaro, avaliaram estrategistas tucanos após pesquisas qualitativas.
Nesta segunda-feira (10), Alckmin afirmou que “os brasileiros já têm problema demais, não podemos ter um presidente que seja mais um problema”.
Para o tucano, “uma coisa é a solidariedade a quem foi vítima de um atentado vil e covarde, o qual condenamos duramente”.
“A outra são os destinos do país, é escolher quem vai ser presidente, unir o Brasil, fazer mudanças de que o Brasil precisa. O povo quer governo que funcione.”
Ele encerrou a entrevista sem comentar a exposição de Bolsonaro e aliados do episódio.
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