terça-feira, 11 de setembro de 2018

Bolsonaro tem 24%, e quatro empatam em segundo lugar

No Datafolha, Ciro sobe 3 pontos e Haddad, 5. Os dois se igualam a Marina e Alckmin dentro da margem de erro

Na primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após o atentado contra o candidato do PSL a presidente, Jair Bolsonaro, ele ganhou dois pontos percentuais nas intenções de voto, subindo de 22% para 24%. A oscilação aconteceu dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro Gomes (PDT) cresceu três pontos, chegando a 13%, e Fernando Haddad (PT) pulou de 4% para 9%. Os dois estão tecnicamente empatados em segundo lugar com Marina Silva (Rede), que perdeu cinco pontos, e Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou positivamente um ponto.

Após ataque, variação de dois pontos

Bolsonaro oscila dentro da margem de erro, Marina perde 5, e Haddad cresce 5

Fernanda Krakovics | O Globo

Depois de sofrer um atentado na última quinta-feira e ainda estar em estado grave, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, oscilou dois pontos percentuais, de 22% para 24%, em pesquisa Datafolha/TV Globo divulgada ontem. A disputa pelo segundo lugar ficou ainda mais acirrada, com um empate técnico entre Ciro Gomes (PDT), com 13%; Marina Silva (Rede), com 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%; e Fernando Haddad (PT), com 9%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse é o primeiro levantamento deste instituto após o início da propaganda de rádio e TV, há nove dias, e já registra, no eleitorado, os efeitos do esfaqueamento de Bolsonaro em Juiz de Fora (MG).

A maior queda em relação à pesquisa anterior, divulgada em 22 de agosto, foi de Marina, que foi de 16% para 11%. Haddad, por sua vez, cresceu na mesma proporção, indo de 4% para 9%. Ele ainda não foi oficializado pelo PT como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura foi recusada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

Embora os quatro estejam tecnicamente empatados, Ciro Gomes está numericamente à frente, com 13%. Ele tinha 10% no levantamento anterior. Já Alckmin oscilou de 9% para 10%. O tucano tem o maior tempo de propaganda política de rádio e televisão— mais do que o dobro do PT, que possui o segundo maior espaço.

Votos brancos e nulos caíram sete pontos percentuais, para 15%. Já os indecisos oscilaram de 6% para 7%. Foram entrevistadas 2.820 pessoas, ontem, em 197 municípios.

Bolsonaro continua com a maior rejeição, com 43%. Na pesquisa anterior, quando Lula ainda aparecia em um dos cenários, ele tinha 39%. Em segundo lugar está Marina, com 29%. No fim de agosto ela tinha 25%. Em seguida está Alckmin, com 24%, e Haddad, com 22%. Ciro é rejeitado por 20%.

Nos cenários testados de segundo turno, Bolsonaro perde para Ciro, Alckmin e Marina. E empata com Haddad, dentro da margem de erro. A maior vantagem é a de Ciro, que derrotaria o ex-capitão por 45% a 35%. A diferença de Alckmin em relação a Bolsonaro é de nove pontos percentuais e de Marina, seis. Já em uma disputa contra Haddad, o petista teria 39% e Bolsonaro, 38%.

POUPADO POR ADVERSÁRIOS
Até então principal alvo dos concorrentes, por estar em primeiro lugar nas pesquisas, Bolsonaro tem sido poupado desde que levou uma facada. Alckmin era o responsável pelas críticas mais incisivas e suspendeu, nos últimos dias, propagandas de TV nas quais fazia ataques diretos ao ex-capitão.

Os apelos pela pacificação do processo eleitoral predominaram no terceiro debate presidencial, na noite de anteontem, na TV Gazeta. Em comparação com os encontros anteriores, esse teve tom mais cordial.

Desde o atentado, familiares e aliados de Bolsonaro têm postado, em redes sociais, fotos e vídeos do candidato do PSL, que está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Devido a seu estado de saúde, ele não poderá participar de atos de campanha pelo menos até a votação em primeiro turno.

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