Fernando Taquari | Valor Econômico
SÃO PAULO - O candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, está reunido na tarde desta terça-feira com a cúpula dos partidos do chamado Centrão. O encontro acontece na casa do coordenador do programa de governo do tucano, Luiz Felipe d’Avila.
A reunião tem o objetivo de discutir os rumos da campanha nesta reta final. Alckmin segue patinando nas pesquisas de intenção de voto, o que tem preocupado os aliados, que temem dispersão do Centrão nos Estados.
Participam do encontro o tesoureiro da campanha, Silvio Torres, os presidentes do PRB e PPS, Marcos Pereira e Roberto Freire, respectivamente, o prefeito de Salvador, ACM Neto, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) e o marqueteiro Lula Guimarães, além dos deputados Aguinaldo Ribeiro (PP) e Guilherme Mussi (PP).
Um levantamento interno do PSDB no Estado de São Paulo tem gerado um clima de desespero entre os tucanos paulistas. A proporção de votos de Jair Bolsonaro (PSL) para Alckmin no Estado, conforme esta sondagem, é de três para um.
Os aliados esperavam que o presidenciável não repetisse em seu reduto eleitoral o desempenho de Aécio Neves na campanha de 2014, quando o tucano foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) em Minas Gerais.
A avaliação interna é que o partido e o candidato estão pagando o preço da impopularidade do governo Michel Temer (MDB). Há quem fale em "fadiga de material", numa referência ao desgaste do partido e do próprio candidato na esfera nacional.
Alckmin, segundo alguns correligionários, teria supestimado sua preferência entre o eleitorado em São Paulo. A expectativa é que nestas últimas semanas ele concentre a campanha no Estado e em Minas Gerais, onde o tucano Antonio Anastasia lidera as pesquisas para o governo mineiro.
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