Giba foi o preso político mais novo do golpe militar de 1964: Eu e Graziela estávamos presos na Casa de Detenção de Recife (hoje Casa da Cultura). Minha mãe fazia de tudo, falava com todos os comandantes militares e civis para soltar a Graziela para cuidar do Giba.
Na ocasião, o General Ernesto Geisel, era Ministro-Chefe da Casa Militar do General Castelo Branco e visitava o Recife, após denúncias de torturas publicadas no antigo jornal Correio da Manhã (Rio), de autoria do jornalista Marcio Moreira Alves.
Em vez de liberar Graziela, o general Geisel autorizou o Giba ir para cadeia e ficar com a mãe. A imprensa pernambucana deu destaque ao fato. Giba tinha menos de dois anos de idade e não tinha movimentos nas partes inferiores.
Tempo depois, foi anistiado e recebeu as desculpas formais do Estado brasileiro. Ficou a dor e a saudade.
Graziela Melo: Saudade eterna:
Minha fantasia,
minha tristeza,
minha poesia!
Há um pranto
que choro
de noite,
O mesmo
que choro
de dia!!!
Alma dolorida,
desesperada,
sofrida!
Saudade
do filho
amado,
saudade
do filho
querido!
Se foi,
para não voltar
jamais,
viver
num mundo
distante,
num mundo
abstrato,
obscuro,
perdido!!!
Um comentário:
A lembrança é o maior prêmio, como fazem os mexicanos.
Vida longa em nossas memórias.
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