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Dados do IBGE mostram que desemprego aumentou e que o número de subutilizados, isto é, aqueles que estão em subempregos ou que já não procuram mais trabalho, atingiu nível recorde; presidente, no entanto, apela para outros números
O presidente Jair Bolsonaro usou de um malabarismo argumentativo e numérico, na tarde desta sexta-feira (29), para passar a impressão de que a economia do país está melhorando sob seu governo. Mais cedo, a estagnação econômica do Brasil ficou comprovada com a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados mostram que o desemprego aumentou no país e que a mão de obra subutilizada – grupo que inclui desocupados, quem trabalha menos de 40 horas semanais e os disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego – chegou ao pico da série, iniciada em 2012, ao atingir 27,9 milhões de pessoas.
Para o capitão da reserva, no entanto, veículos de imprensa como Estadão, Folha e O Globo estariam omitindo as informações que mostram uma suposta retomada do emprego. “Desconfiem de quem só quer causar o caos e a desordem”, bradou o presidente.
De acordo com Bolsonaro, o emprego estaria melhorando no Brasil pois este foi o melhor saldo de emprego nos últimos 5 anos para o mês de fevereiro.
O que o presidente não conta, no entanto, é que os novos empregos gerados, muito aquém do necessário, são, em sua maioria, empregos informais e subempregos, que passaram a ser padrão após a reforma trabalhista encampada há dois anos pelo ex-presidente Michel Temer e aprovada no Congresso.
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