Folha de S. Paulo
Povo deve voltar a ser o centro das
atenções
Neste domingo (30), o Brasil vai decidir seu futuro.
Vamos escolher entre o caminho da prosperidade ou o da fome, dos livros
ou das armas, da paz ou do ódio, da democracia ou do autoritarismo. Por isso é
tão importante que cada cidadão e cidadã exerça o direito de votar. E votar com
consciência, pensando no amanhã, no país que vamos deixar para nossos filhos e
nossos netos.
Ao longo desta campanha, tive a oportunidade de reencontrar nosso povo nas ruas e praças do país. E o que eu vi nos olhos das pessoas foi o brilho da esperança e a vontade de mudar a vida para melhor. Este é o sentido da nossa candidatura: resgatar milhões de brasileiros e brasileiras da fome, da pobreza e da exclusão, por meio do crescimento sustentável e com distribuição mais justa da riqueza.
Sou candidato mais uma vez porque acredito
que é possível realizar essa mudança. Sou candidato para unir o país em um
grande movimento em defesa da democracia e pela reconstrução do Brasil. A
decisão política mais importante a ser tomada é colocar novamente o povo no
centro das atenções do governo. Incluir outra vez no Orçamento os
trabalhadores e a maioria da população. Cuidar das pessoas em primeiro lugar,
especialmente das que mais necessitam de apoio.
A experiência nos mostra que é
perfeitamente possível aumentar a renda e
os salários num
ambiente de crescimento com estabilidade econômica. Para isso, é necessário que
o presidente e o governo atuem com responsabilidade, credibilidade e
previsibilidade. Foi assim que vencemos a fome, criamos 22 milhões de empregos
e fizemos do Brasil a sexta maior economia do mundo.
É nosso compromisso retomar este caminho e
fazer ainda mais, reabrindo os canais de diálogo entre governo e sociedade.
Pretendemos definir, junto com os governadores,
um conjunto de obras prioritárias e construir mecanismos de financiamento
público e privado para a infraestrutura e os recursos estratégicos, de forma a
gerar milhões de empregos de qualidade.
Em nosso país, a melhor maneira de fazer a
roda da economia girar novamente é dinamizar e expandir o mercado interno. Por
isso, é essencial aumentar o valor real do salário mínimo, retomar o Bolsa Família fortalecido,
renegociar as dívidas de milhões de famílias e apoiar fortemente os
batalhadores das micro, pequenas e médias empresas.
O Brasil é um país extraordinário, pronto
para ingressar na economia do conhecimento e iniciar a transição
energética e ecológica. Pronto para evoluir para uma agropecuária e
uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte e uma indústria
mais verde. Temos compromisso com a preservação da Amazônia e
todos os grandes biomas, com o meio ambiente e o enfrentamento da crise
climática.
O atual
governo deixa uma herança terrivelmente pesada. Foram anos de cortes
nos recursos para educação e saúde, arrocho nos salários e explosão do custo de
vida. A desumanidade do atual presidente durante a pandemia foi
a mais cruel expressão de sua falta de compromisso com o país, com a vida, com
os valores cristãos e civilizatórios.
No primeiro turno, a maioria
da sociedade brasileira disse não a este governo, apesar de todos os
abusos que cometeram para tentar desvirtuar as eleições. Felizmente, ao longo
do segundo turno, vimos crescer a unidade dos que, mesmo divergindo, estão
juntos pela democracia, juntos pela paz e pelo Brasil.
Vamos com fé e esperança votar neste
domingo para construir o futuro do país.
*Candidato do PT à Presidência, é ex-presidente da República (2003-2010)
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