quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Esquerda unida em bate-papo amigável sobre violência

DEU NO JORNAL DO BRASIL

A esquerda finalmente afinada. Assim foi o que deveria ser um embate entre os candidatos Fernando Gabeira (PV) e Alessandro Molon (PT). Os dois passaram quase sete minutos em uma conversa digna de amigos de infância. Seus pensamentos eram, digamos assim, complementares. De forma generosa, Gabeira perguntou a Molon sobre algo que já conhecia bem: "O que um prefeito realmente pode fazer para reduzir a violência no Rio de Janeiro, para aumentar a segurança pública do Rio". A afinidade era tamanha, que o petista gastou parte dos três minutos a que tinha direito para agradecer a pergunta. Só então explanou: ­ O conceito do nosso programa de governo é fazer do Rio uma cidade segura para todos. O Gabinete de Gestão Integrada Municipal é o meu primeiro compromisso. Não é possível que a Guarda Municipal vá para as ruas todas as manhãs sem saber para onde a PM está indo. Não existe integração.

É compromisso meu expandir a iluminação na cidade. A troca de lâmpadas queimadas tem de deixar de ser um favor do vereador. Muita gente, para desenturpir bueiro, conseguir poda de árvore e trocar lâmpada queimada, tem que pedir ao vereador. Essa relação fisiológica e suja da Câmara com a população e com o executivo vai mudar. Na réplica, Gabeira disse que "acrescentaria alguma coisa" e disparou sua crítica ao atual prefeito: ­ Temos baixo nível de inteligência, e a prefeitura pode contribuir porque tem acesso a câmeras e relatórios da Guarda Municipal ­ disse, antes de levantou, novamente, a bola para Molon cortar: ­ A interface com a cultura, que não é só levar o lazer, mas visa a paz, unir a cidade partida, essa cultura também merecia atenção, não acha? E a bola foi cortada de forma imediata: ­ Acho.

Concordo e acrescento as políticas para a juventude, que são os jovens no Rio os que mais matam e os que mais morrem, entre 15 e 24 anos. É inaceitável que a prefeitura não tenha proposta séria para a juventude. Por falta de escolha, muitos acabam cedendo à tentação do crime.

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