quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A voz e a vez da sociedade organizada se manifestar

DEU NO JORNAL DO BRASIL

Uma das instituições no encontro, OAB vai à Justiça por debate na TV

O segundo bloco do debate do Jornal do Brasil foi o momento em que representantes da sociedade civil deram voz aos clamores da população. O ponto alto do encontro foi a decisão do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Wadih Damous, de apresentar, até o fim do dia, um parecer na Justiça para pressionar as emissoras de TV a realizarem um novo debate. Damous, da OAB-RJ, lamentou também o papel da Justiça Eleitoral na eleição, que, ao criar "regras restritivas, praticamente anulou a democracia". Outro momento mais acalorado foi a interpelação da presidente da Federação das Associações de Moradores do Rio (FamRio), Márcia Vasconcelos, que criticou repetidamente a falta de contato com o atual prefeito da cidade, Cesar Maia.

Por causa da citação proibida ­ não poderia haver ofensas nem citações de candidatos ­ a candidata de Maia, Solange Amaral (DEM), obteve um direito de resposta bastante comemorado. Solange usou o tempo para defender o programa Favela-Bairro, do qual foi coordenadora, e para ressaltar a criação de um novo banco carioca nos moldes do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), com o intuito de construir 100 mil casas na cidade.


Sorteio prévio

Representantes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da OAB-RJ, da Federação do Comércio Varejista do Rio (Fecomércio-Rio), das ONGs VivaRio, Rio de Paz, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio (ABAV-RJ) e da FamRio interpelaram os candidatos, depois de um sorteio prévio, com questões que variaram, entre outras, sobre dengue, salário dos professores, carga tributária, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e segurança pública. O diretor cultural da ABI, Jesus Chediak, argumentou que, nos dias de hoje, "o candidato é visto como produto e o eleitor, como mercado", e para o petista Alessandro Molon, Chediak reservou pergunta sobre quais seriam as propostas dele para os professores. Molon disse que vai priorizar a estratégia de motivar o professor e os demais profissionais de educação, com aumento de salários e cursos de atualização. ­

Esse é um bom subsídio pedagógico para que o sistema funcione bem. É preciso resgatar também o papel dos inspetores, porque eles organizavam toda a escola relembrou. Questionado sobre as medidas preventivas para evitar uma nova epidemia de dengue, o senador Marcelo Crivella (PRB) ironizou uma citação do atual prefeito que, no auge da crise, tentou explicar o motivo de o município de Niterói ter sido "salvo" da epidemia e o Rio, não. ­ Niterói tem as mesmas condições climáticas que o Rio e não sofreu com a doença. Por isso, quero retomar o Programa Saúde da Família (PSF) para tratar preventivamente as doenças ­ ponderou. Um representante do empresariado fluminense, Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-Rio, questionou o peemedebista Eduardo Paes sobre a excessiva carga tributária.

Este respondeu que a cidade tem uma postura hostil para com a atividade econômica. Na avaliação de Paes, a carga tributária elevada, a excessiva burocracia e a informalidade afastam os empresários e empreendedores da Cidade Maravilhosa. ­ Quero estimular áreas geográficas esquecidas na cidade, como a Leopoldina, incentivando empresas de telemarketing lá ­ sugeriu. A diretora do Ibase, Dulce Pandolfi, questionou Jandira Feghali (PCdoB) sobre o papel da prefeitura nas obras do PAC. Para Jandira, a responsabilidade dessas obras deve ser do município e não do Estado. A comunista pretende municipalizar o programa federal. Paulo Ramos, do PDT, criticou a política de segurança pública do governo do Estado: ­ Por causa da política de enfrentamento, a polícia fluminense é a que mais mata e morre no Rio.


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