quinta-feira, 25 de setembro de 2008

De tudo um pouco: milícia e até Estado laico

DEU NO JORNAL DO BRASIL

Sorteado para confrontar Vinícius Cordeiro (PTdoB) e sem intimidade com os principais pontos de governo de seu oponente, o candidato Paulo Ramos (PDT) escolheu o tema religião. Ele quis saber o que Vinícius acha da intolerância religiosa, mas aproveitou para atacar, mesmo que indiretamente o bispo Marcelo Crivella (PRB) e Eduardo Paes (PMDB): ­ De um lado afirmam que uma corrente evangélica se transforma em partido político. Por outro lado, temos um cardeal do Rio trazendo um documento do Papa para um candidato. Como você vê esta questão da intolerância religiosa? Com um tom de voz elevado e firme, Vinícius agradeceu à pergunta para falar um pouco sobre sua trajetória de vida: ­ Bom você me perguntar isso porque sou membro da Igreja Batista há 28 anos. Milito em organizações de justiça e paz.

Combato a corrupção eleitoral. Já cassei prefeito e não aceito a pecha de ser associado a este negócio de milícia ou criminalidade ­ aproveitou para se defender da acusação de Chico Alencar (PSOL) de que o partido de Vinícius tem em seus quadros Carminha Jerominho, candidata a vereadora que está presa por envolvimento com a milícia da Zona Oeste, e foi buscar no Sul do país um motivo para criticar o adversário que sequer participava da rodada de perguntas: ­ Chico é católico, vai até regularmente à missa. Gosto muito de você Chico, apesar do PSOL ter pego dinheiro lá em Porto Alegre de uma construtora. Sou a favor da separação entre Igreja e Estado. É um dos princípios mais caros do protestantismo histórico. Sou contra a aula de religião na escola.

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