quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma vitória dos eleitores


DEU NO JORNAL DO BRASIL


Jornal do Brasil promove encontro isento e livre com os candidatos a prefeito para confrontar suas idéias

A frente fria se foi. Especialmente a que en- regelava o clima político da campanha eleitoral para prefeito do Rio. O debate realizado ontem pelo Jornal do Brasil esquentou, enfim, a temperatura das eleições municipais 2008 ­ em experiência histórica de confronto de idéias e de propostas entre os dez candidatos à frente nas pesquisas, por ordem alfabética, Alessandro Molon (PT); Chico Alencar (PSOL), Eduardo Paes (PMDB); Fernando Gabeira (PV); Filipe Pereira (PSC);Jandira Feghali (PCdoB); Marcelo Crivella (PRB); Paulo Ramos (PDT); Solange Amaral (DEM); Vinicius Cordeiro (PTdoB).

O espaço isento e eminentemente democrático foi aberto no salão principal da Casa Brasil, sede do JB , no Rio Comprido. Entre as paredes do casarão colonial, vigorou a atmosfera ideal para a liberdade de expressão tanto dos políticos em disputa como para os jornalistas de veículos do Rio, do país e do mundo ­ estes contemplados com perguntas no primeiro bloco do debate. No segundo, foi a vez dos representantes da sociedade civil. No primeiro caso, equipes de todos os grandes jornais e sites do Rio, assim como de correspondentes europeus de veículos como o Le Monde, marcaram presença.

Também formularam questões aos postulantes à gestão municipal titulares da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-Rio), da Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro (FamRio), do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), do Viva Rio e do Rio de Paz ­ convidados para corroborar a isenção que carateriza o JB. O próprio modelo proposto para a realização do debate ­ mediado pelo editor-chefe Tales Faria e pelo editor executivo Marcelo Ambrósio ­ favoreceu a multiplicidade de temas em discussão.

Houve ao todo 10 calorosos embates diretos entre os próprios candidatos, no terceiro e mais esperado dos blocos, no qual cada adversário pôde destinar perguntas a outro, ambos com os nomes definidos em sorteio, com direito a revides de cada parte, 20 ao todo. Houve provocações e acusações mútuas ­ como não poderia deixar de ser ­ mas tudo no nível da cordialidade, respeito e de um modo que proporcionou um confronto amplo e aprofundado de idéias e opiniões diversas, assim como de pelo menos 15 temas diretamente relacionados ao destino da cidade e aos interesses da população.

A campanha municipal não será a mesma depois do debate promovido pelo jornal ­ o primeiro e único de um meio de comunicação antes do primeiro turno. Esta corrida eleitoral, durante a maior parte do tempo, foi ofuscada por discussões relacionadas à própria garantia da segurança e da ordem do processo eleitoral. O JB foi o primeiro a denunciar os efeitos de práticas criminosas em currais eleitorais do tráfico de drogas e de milícias.

Assim como o JB também pode se orgulhar, após o evento de ontem ­ transmitido pela internet durante quatro horas sem qualquer interrupção, com internautas acompanhando do México, dos Estados Unidos e até do Japão ­ de ter sido o pioneiro no resgate da essência política do debate eleitoral. Como disse o diretor-geral Marcos Troyjo ao final do encontro, o JB agora convida os (e)leitores a se preparar, por meio deste caderno, para votar mais conscientes no pleito do dia 5 de outubro.

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