Daniel Cúrio
DEU NO ESTADO DE MINAS
Aécio diz a empresários do Rio que os anos Itamar, FHC e Lula serão vistos no futuro como um único período político. Ele defendeu que PT e PSDB façam campanha sem ataques em 2010
Rio de Janeiro - Os anos de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva à frente da Presidência da República serão vistos no futuro como apenas um período político, afirmou ontem o governador Aécio Neves (PSDB), durante homenagem no Almoço do Empresário da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). De acordo com ele, seu partido e o PT devem fazer campanha sem radicalismos em 2010. Para Aécio, os tucanos precisam admitir pontos positivos no governo Luiz Inácio Lula da Silva, como o Bolsa-Família. "Não podemos negar a realidade", comentou. Mais cedo, porém, ele chamou a atenção de que a iniciativa teve início na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Aécio, o período a que se refere como um só teve início com a estabilidade na economia, avançou com a modernização a partir da privatização de setores estratégicos e termina na manutenção desses princípios no governo Lula e com o fortalecimento das políticas sociais.
"Talvez muitos dos meus companheiros de partido não gostem desta avaliação e meus adversários políticos não gostam de ouvi-la, mas acredito que dentro de alguns anos, distante das paixões políticas, dos embates eleitorais e dos compromissos partidários, os cientistas políticos vão analisar este longo período de governo que se iniciou com Itamar Franco e a elaboração do Plano Real, passou pelos oito anos de Fernando Henrique Cardoso e chega nos oito anos do presidente Lula como um só período de continuidade na vida nacional", disse Aécio.
Diante de uma plateia superlotada, o governador apontou as principais ações das últimas gestões. "Conquistamos a estabilidade econômica com o fim da inflação, modernizamos a economia, melhoramos a qualidade dos serviços e estabelecemos novos marcos regulatórios.
Enfrentamos e vencemos três gravíssimas crises internacionais e aprendemos com elas. Criamos um paradigma novo para a gestão dos governos, com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós nos orgulhamos de ter fundado uma imensa rede de proteção social no país, com o Bolsa-Escola e o Bolsa-Alimentação", disse Aécio, que ainda elogiou o trabalho do atual governador de São Paulo, José Serra, quando à frente do Ministério da Saúde.
O governador disse que faltou vontade ao governo Lula – que ele chamou de "governo que ficou por fazer" – para executar as reformas. "Ou se faz no início do governo ou não se faz mais. Não se pode abandonar políticas quando se chega ao governo". Aécio declarou que a principal reforma que o país precisa é a de redistribuição de renda e alertou que quase 70% do que se arrecada no Brasil vai para o governo federal. Ele defendeu projeto que permita a descentralização dos recursos e disse que o desenvolvimento social não depende apenas do desenvolvimento econômico.
Homenagem
DEU NO ESTADO DE MINAS
Aécio diz a empresários do Rio que os anos Itamar, FHC e Lula serão vistos no futuro como um único período político. Ele defendeu que PT e PSDB façam campanha sem ataques em 2010
Rio de Janeiro - Os anos de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva à frente da Presidência da República serão vistos no futuro como apenas um período político, afirmou ontem o governador Aécio Neves (PSDB), durante homenagem no Almoço do Empresário da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). De acordo com ele, seu partido e o PT devem fazer campanha sem radicalismos em 2010. Para Aécio, os tucanos precisam admitir pontos positivos no governo Luiz Inácio Lula da Silva, como o Bolsa-Família. "Não podemos negar a realidade", comentou. Mais cedo, porém, ele chamou a atenção de que a iniciativa teve início na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Aécio, o período a que se refere como um só teve início com a estabilidade na economia, avançou com a modernização a partir da privatização de setores estratégicos e termina na manutenção desses princípios no governo Lula e com o fortalecimento das políticas sociais.
"Talvez muitos dos meus companheiros de partido não gostem desta avaliação e meus adversários políticos não gostam de ouvi-la, mas acredito que dentro de alguns anos, distante das paixões políticas, dos embates eleitorais e dos compromissos partidários, os cientistas políticos vão analisar este longo período de governo que se iniciou com Itamar Franco e a elaboração do Plano Real, passou pelos oito anos de Fernando Henrique Cardoso e chega nos oito anos do presidente Lula como um só período de continuidade na vida nacional", disse Aécio.
Diante de uma plateia superlotada, o governador apontou as principais ações das últimas gestões. "Conquistamos a estabilidade econômica com o fim da inflação, modernizamos a economia, melhoramos a qualidade dos serviços e estabelecemos novos marcos regulatórios.
Enfrentamos e vencemos três gravíssimas crises internacionais e aprendemos com elas. Criamos um paradigma novo para a gestão dos governos, com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós nos orgulhamos de ter fundado uma imensa rede de proteção social no país, com o Bolsa-Escola e o Bolsa-Alimentação", disse Aécio, que ainda elogiou o trabalho do atual governador de São Paulo, José Serra, quando à frente do Ministério da Saúde.
O governador disse que faltou vontade ao governo Lula – que ele chamou de "governo que ficou por fazer" – para executar as reformas. "Ou se faz no início do governo ou não se faz mais. Não se pode abandonar políticas quando se chega ao governo". Aécio declarou que a principal reforma que o país precisa é a de redistribuição de renda e alertou que quase 70% do que se arrecada no Brasil vai para o governo federal. Ele defendeu projeto que permita a descentralização dos recursos e disse que o desenvolvimento social não depende apenas do desenvolvimento econômico.
Homenagem
Aécio recebeu na ACRJ o diploma Visconde de Mauá, entregue pelo presidente da entidade, Olavo Monteiro de Carvalho. O governador Sérgio Cabral, presente ao evento, comentou que Aécio foi extremamente importante quando ele assumiu o governo do Rio, em 2006. Segundo Cabral, o governador o ajudou na formação de seu secretariado e no contato com diversas entidades econômicas internacionais.
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