DEU NO VALOR ECONÔMICO
Raquel Ulhôa De Brasília
A cúpula do PSDB quer um plano de reestruturação partidária que reforce suas bases nos municípios e resulte no lançamento de uma pré-candidatura consensual a presidente já em 2012, quando se pretende que o escolhido comece a circular pelo país. De preferência, sem a parceria do Democratas na chapa. Os tucanos torcem para que o DEM firme-se como um partido de direita - como seus próprios dirigentes têm defendido -, e lance candidato próprio em 2014, para uma aliança apenas em eventual segundo turno.
Sem a presença dos ex-governadores José Serra e Aécio Neves, eleito senador por Minas Gerais, a Comissão Executiva Nacional do PSDB reuniu-se ontem pela primeira vez após as eleições. Decidiu-se que o partido precisa se reorganizar, se democratizar, recadastrar seus filiados e mobilizar militantes nos municípios, mas precisa também de uma atuação mais firme como oposição.
"O eleitorado que votou com a gente exige do partido mais identidade, transparência e firmeza. Se em algum momento não foi feita crítica ao presidente Lula, será feita agora", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), eleito deputado federal. A convergência com o DEM na atuação no Congresso será "compulsória", segundo ele. No mais, os dois partidos vivem "processos diferentes", diz.
As convenções municipais, estaduais e nacional, para a troca dos comandos partidários, foram marcadas para março, abril e maio, respectivamente. Segundo os participantes da reunião de ontem, a tendência atual é que Guerra seja mantido na presidência. "Nas eleições, ele foi muito importante na interlocução entre Aécio e Serra e para aparar arestas dentro do partido", disse a senadora Marisa Serrano (MS), vice-presidente do PSDB.
A questão da eleição do novo comando partidário, no entanto, não esteve na pauta de ontem. A determinação é evitar qualquer assunto que possa dividir o partido. Os tucanos não acreditam que Serra queira assumir o cargo. Aliás, não se sabe ainda qual o papel que o ex-governador terá no partido - descartam uma nova candidatura a presidente. Hoje, o favorito para disputar a Presidência da República em 2014 é mesmo Aécio.
Até lá, no entanto, o partido precisa ser "repensado", alertou na reunião o deputado Valter Feldman (SP). "Falta o debate de ideias e caminhos", disse. O presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV), Luiz Paulo Veloso Lucas, afirma que o eleitorado que votou em Serra quer que o PSDB aponte os erros do governo Lula. Segundo ele, um plano audacioso será lançado para fazer o partido crescer e as prévias "serão organizadas e passarão a ser instância decisória daqui para a frente".
O governador reeleito de Alagoas, Teotonio Vilela, vai reunir os governadores tucanos para discutir uma pauta conjunta, como a posição a ser tomada com relação à criação de novo imposto para financiar a saúde. "Que a saúde de Alagoas ganharia com a CPMF, ganharia. Mas minha posição vai ficar em sintonia com a dos outros governadores", disse Teotonio. Embora interesse ao Estado, ele reconhece que, se o PSDB apoiar a recriação de um imposto sobre movimentação financeira, será uma incoerência, já que a derrubada da CPMF foi uma das maiores vitórias da oposição no Congresso.
Uma das providências para fortalecer a sigla será recadastrar os filiados. No papel, o PSDB tem 230 mil filiados. Mas o número está longe da realidade, segundo os próprios dirigentes.
Raquel Ulhôa De Brasília
A cúpula do PSDB quer um plano de reestruturação partidária que reforce suas bases nos municípios e resulte no lançamento de uma pré-candidatura consensual a presidente já em 2012, quando se pretende que o escolhido comece a circular pelo país. De preferência, sem a parceria do Democratas na chapa. Os tucanos torcem para que o DEM firme-se como um partido de direita - como seus próprios dirigentes têm defendido -, e lance candidato próprio em 2014, para uma aliança apenas em eventual segundo turno.
Sem a presença dos ex-governadores José Serra e Aécio Neves, eleito senador por Minas Gerais, a Comissão Executiva Nacional do PSDB reuniu-se ontem pela primeira vez após as eleições. Decidiu-se que o partido precisa se reorganizar, se democratizar, recadastrar seus filiados e mobilizar militantes nos municípios, mas precisa também de uma atuação mais firme como oposição.
"O eleitorado que votou com a gente exige do partido mais identidade, transparência e firmeza. Se em algum momento não foi feita crítica ao presidente Lula, será feita agora", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), eleito deputado federal. A convergência com o DEM na atuação no Congresso será "compulsória", segundo ele. No mais, os dois partidos vivem "processos diferentes", diz.
As convenções municipais, estaduais e nacional, para a troca dos comandos partidários, foram marcadas para março, abril e maio, respectivamente. Segundo os participantes da reunião de ontem, a tendência atual é que Guerra seja mantido na presidência. "Nas eleições, ele foi muito importante na interlocução entre Aécio e Serra e para aparar arestas dentro do partido", disse a senadora Marisa Serrano (MS), vice-presidente do PSDB.
A questão da eleição do novo comando partidário, no entanto, não esteve na pauta de ontem. A determinação é evitar qualquer assunto que possa dividir o partido. Os tucanos não acreditam que Serra queira assumir o cargo. Aliás, não se sabe ainda qual o papel que o ex-governador terá no partido - descartam uma nova candidatura a presidente. Hoje, o favorito para disputar a Presidência da República em 2014 é mesmo Aécio.
Até lá, no entanto, o partido precisa ser "repensado", alertou na reunião o deputado Valter Feldman (SP). "Falta o debate de ideias e caminhos", disse. O presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV), Luiz Paulo Veloso Lucas, afirma que o eleitorado que votou em Serra quer que o PSDB aponte os erros do governo Lula. Segundo ele, um plano audacioso será lançado para fazer o partido crescer e as prévias "serão organizadas e passarão a ser instância decisória daqui para a frente".
O governador reeleito de Alagoas, Teotonio Vilela, vai reunir os governadores tucanos para discutir uma pauta conjunta, como a posição a ser tomada com relação à criação de novo imposto para financiar a saúde. "Que a saúde de Alagoas ganharia com a CPMF, ganharia. Mas minha posição vai ficar em sintonia com a dos outros governadores", disse Teotonio. Embora interesse ao Estado, ele reconhece que, se o PSDB apoiar a recriação de um imposto sobre movimentação financeira, será uma incoerência, já que a derrubada da CPMF foi uma das maiores vitórias da oposição no Congresso.
Uma das providências para fortalecer a sigla será recadastrar os filiados. No papel, o PSDB tem 230 mil filiados. Mas o número está longe da realidade, segundo os próprios dirigentes.
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