Aceno é tentativa de frear crise com aliados
Catia Seabra
BRASÍLIA - Na tentativa de aplacar a crise política que atravessa e para agradar aliados, o governo vai prorrogar por mais 90 dias o prazo para o pagamento de despesas não pagas herdadas de anos anteriores, os "restos a pagar".
A validade desses empenhos - a maioria para atender emendas de congressistas - seria extinta no dia 30.
Sem a prorrogação do decreto para pagamento de restos a pagar de 2007 a 2009, os gastos seriam cancelados.
Além de oficializar a decisão na semana que vem, o representante do governo na Comissão Mista de Orçamento, Gilmar Machado (PT-MG), avisou a aliados que, a partir de julho, o governo liberará recursos para emendas previstas no Orçamento deste ano que estão represadas.
O aceno é uma tentativa de aplainar o terreno para a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até o dia 15, quando deputados e senadores entram em recesso.
Como o Planalto sonha em tirar férias de um mês da crise na base aliada -e o Congresso só pode parar após a aprovação da LDO-, o governo teme que congressistas comecem a impor condições em troca de voto.
Distribuição de royalties do pré-sal e regulamentação de MPs também podem ser usados para afagar o Congresso.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário