Ex-presidente vai se encontrar com Eduardo Campos para obter apoio
Sérgio Roxo, Letícia Lins
SÃO PAULO e RECIFE. Ainda sem apoio de outros partidos, o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, conta com a entrada em cena do padrinho de sua candidatura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para fechar a primeira aliança. Lula deverá se encontrar amanhã com o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ontem, Lula recebeu a visita de Haddad, no Hospital Sírio-Libanês, onde faz tratamento de fonoaudiologia para minimizar os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer na laringe.
De acordo com Haddad, Lula acha que conseguirá atrair o PSB para sua aliança:
- Ele (Lula) está otimista, se sente muito próximo politicamente (de Campos). Eles têm uma longa trajetória defendendo o mesmo rumo para o Brasil, o mesmo projeto político. Está confiante - disse.
Campos discute eleição em São Paulo com cúpula do PSB
Discretamente, nem os jornais locais foram avisados, Campos se reuniu anteontem, em Recife, com dois membros da Executiva Nacional do PSB para discutir a posição que o partido terá na eleição de São Paulo. Do encontro, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, participaram o secretário Nacional de Finanças do PSB, Márcio França, que também é secretário de Turismo do governo do PSDB em São Paulo, e o vice-presidente do partido, Roberto Amaral.
Campos expôs a delicadeza do quadro paulista, onde, já de olho em 2014,o PSB tentou costurar uma aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab, hoje aliado do agora pré-candidato José Serra (PSDB). Além disso, o partido está representado no governo de São Paulo, com França no primeiro escalão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
França estaria pressionando Campos para lançar uma candidatura alternativa à prefeitura de São Paulo, fechando as portas para uma aliança com Haddad. Mas, no plano federal, o PSB faz parte do governo Dilma Rousseff. Foram duas reuniões, uma na hora do almoço e outra à noite. Campos, segundo seus auxiliares mais próximos, vai esperar até junho para tomar uma decisão sobre as alianças em outubro.
FONTE: O GLOBO
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