Isabel Braga e André de Souza
BRASÍLIA. Mesmo com o flagrante da troca de torpedos com a demonstração de fidelidade ao governador do Rio, Sérgio Cabral, o desconforto de petistas e a cobrança da oposição para sua saída, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) deverá ser mantido como integrante da CPI mista do caso Cachoeira. Hoje, senadores e deputados do PT se reúnem para discutir a estratégia de atuação na CPI e o caso Vaccarezza, mas o líder do partido, Jilmar Tatto (SP), responsável pelas indicações da Câmara, disse que ele fica e que o episódio é página virada.
Tatto ligou, no último sábado, para Vaccarezza, a fim de tranquilizá-lo e dizer que ele continuaria na CPI pela legenda. Para o líder do PT, apesar do ato infeliz, Vaccarezza não atrapalhou a estratégia da CPI de desbaratar o crime organizado. Segundo ele, Cabral sequer é citado no diálogo:
- Ele quis prestar serviço para quem não precisava. Se Cabral estivesse envolvido, tinha coisa grave. Mas não tem e ele acabou atrapalhando o coitado do Cabral - disse Tatto, acrescentando:
- Ele fica. Tem que trabalhar mais no coletivo, ouvir mais os outros. Ninguém pode imaginar que é mais sabido que todos.
Cândido Vaccarezza não retornou ontem as ligações.
FONTE: O GLOBO
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