Amanda Almeida, Adriana Caitano
Defendida com veemência por candidatos durante eleições, a reforma política esbarrou, mais uma vez, na resistência de parlamentares. A votação, prevista para ontem, não se realizou. O único ponto que teria apoio para votação era a coincidência de eleições. O item, porém, não foi votado, porque não houve entendimento sobre analisá-lo separadamente das outras propostas, como queria o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “É o começo. É o que disse lá e repito aqui. Há quantos anos eu ouço falar que é prioridade. Todos os anos declaram isso, mas na hora de votar se busca um consenso impossível e, mesmo assim, há uma dificuldade de conseguir a maioria”.
Depois de duas horas de debate, 13 partidos conseguiram impedir a votação. Apenas PMDB e PSD queriam votar ontem. A alegação dos que brigaram por não analisar o projeto é de que, sozinho, viraria um “arremedo de reforma”, como o líder do PT, José Guimarães (CE), definiu. O relator da Comissão Especial da Reforma Política, Henrique Fontana (PT-RS), defendeu que o plenário votasse toda a reforma e não apenas o projeto que propõe a coincidência de eleições. Para ele, os críticos da reforma deveriam levá-la ao plenário e apresentar emendas a ela. “A posição de não votação de toda a reforma significa defesa do sistema atual. Porque, ao não votar reforma nenhuma, vamos à eleição de 2014 com o mesmo sistema”, disse.
Fonte: Correio Braziliense
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